Quantas empresas pensaram na sua estratégia de mercado? Quantas a escreveram? Quantas validam continuamente se estão a segui-la ou se estão a distanciar-se dela?
A primeira vez que uma máquina digital vence um humano num desafio lógico direto foi em 1997. Nessa data, o supercomputador DeepBlue, da IBM, ganha um jogo de xadrez ao campeão Kasparov. Isso aconteceu após uma primeira partida perdida no ano anterior.
Ao contrário da famosa frase “O que foi feito em Vegas, fica em Vegas”, tal já não é assim… entrámos na era digital. A famosa frase é rescrita para “Uma vez na Internet, para sempre disponível e acessível na Internet!”, mas também na Intranet da sua empresa, tal como na memória do seu telefone ou no computador de bordo do seu carro.
O conceito Metaverso tem estado, cada vez mais, na linha da frente das conversas do mundo digital, não só pelas apostas estratégicas de muitas empresas, de onde se destaca a empresa de Mark Zuckerberg que mudou o nome para ‘Meta’, mas também com o aparecimento de alguns casos de criação de primeiras lojas de relação com clientes e de transações digitais ou aquisição de terrenos digitais em cidades, etc.
Anda meio mundo a referir uma realidade sobre a “Grande Demissão” que está a ocorrer, após um choque de transição digital (parcial) movida pela pandemia, nestes últimos anos. Enquadrando ligeiramente o tema: Anthony Klotz, psicólogo organizacional, colocou o tema dos despedimentos em massa que estão a ocorrer pelo impacto ocorrido nos últimos anos por stress do trabalho, burnouts, teletrabalho, entre outros temas.
A transformação digital, mais ou menos acelerada, ocorrida nestes últimos anos no mercado empresarial acarretou também mudanças na forma como empresas e colaboradores encaram a relação entre si e a vida profissional. Vários casos vi de pessoas radicalmente céticas ao teletrabalho, mudarem para fervorosos defensores de trabalho remoto.
Há dias, num dos livros que estou a ler, estava escrita a seguinte frase: “a burocracia é como a pornografia: é muito difícil encontrar alguém que a defenda, mas há muito dela por aí disponível”.
Já assistiu à perfeição de uma atuação da Orquestra Metropolitana de Lisboa? Ou do Cirque de Soleil? Ou de uma peça de Teatro com o Ruy de Carvalho? O que é que todos estes espetáculos têm em comum? Como é que alcançaram esses níveis de perfeição, que nos fazem sair dos espetáculos com uma sensação de ‘Uau’ e quase chorar de emoção com a beleza do que assistimos?!
“Faturámos menos, porque o sistema não emitiu bem a fatura!”, “Não terminámos o projeto ainda, porque o sistema esteve em baixo!”, “Queria fazer a compra, mas a aplicação estava indisponível!”, “Vai ter de esperar, que o sistema hoje está lento”…
Durante a pandemia ouvimos várias vezes a referência “ao novo normal"! Novos hábitos de interação e de gestão foram adotados pelas empresas, baseadas em plataformas tecnológicas, para manterem as suas operações ativas.
Mudar, mudar, mudar! Digital, digital, digital! Todos os dias se ouvem estas palavras dentro e fora da nossa empresa. E todos os dias muitos se perguntam: Mudar para onde e para quê? Digital já faço, o que é que tenho de fazer mais? Mudar para digital, mas o quê e como?
Por vezes debato-me com empresas paradas na encruzilhada de como fazer Transformação Digital. Outras nem sabem bem o que isso é?! Outras continuam a achar ainda que é a mesma coisa que digitalização.