A confirmarem-se os mais recentes indicadores, aliados a uma – finalmente – ponderada e mais suave abertura da atividade económica, começa a ser possível dizermos que foi superada, de forma difícil e com enormes perdas, mais uma barreira no combate à pandemia global que vivemos.
Como ponto prévio a este texto, deixo já bem claro uma coisa: não quero falar sobre o Covid-19!
Há vários séculos Leonardo da Vinci desenhava o seu famoso Homem Vitruviano, figura incontornável que se tornaria uma referência no movimento Renascentista que se propaga por toda a Europa pós-medieval, centrando o Homem no centro do mundo, enquanto seu catalisador e principal impulsionador do seu desenvolvimento, afastando-se de forma bastante marcada a forte tendência religiosa que tinha sido apanágio dos séculos anteriores, especialmente no velho continente.
Conhecido durante muitos anos como o “celeiro” do país, a realidade com que se depara o “meu” Alentejo atualmente é, no mínimo, desoladora.
Confesso que me surpreendo com a crescente e cada vez mais insistente atenção mediática que tem sido dada às questões do género, orientações sexuais, escolhas pessoais e afins com que convivemos na nossa sociedade atual, especialmente quando a mesma grassa pelos mais diversos setores da nossa vida, desde a política, às empresas, escolas, religião, etc. etc.
Recordo-me há alguns -vários - anos quando se dizia que o presidente Obama utilizava exclusivamente um Blackberry para as suas comunicações, nomeadamente tendo em conta os sistemas avançados de encriptação de mensagens que aquele equipamento possuía e que, como tal, garantia uma fiabilidade acrescida no que dizia respeito a assuntos de Estado sensíveis.
Um dos “males” de nunca deixarmos verdadeiramente para trás a nossa formação, no meu caso jurídica, mesmo quando optamos por mudanças profissionais que nos levam a outras paragens, como seja o caso da gestão de empresas, é que recorrentemente procuramos – pelo menos eu faço – analogias que permitam enquadrar o que sabemos com aquilo que temos necessariamente de aprender para ter sucesso no desempenho de novas funções.
Sempre que se fala de liderança surge desde logo a ideia de projeto, de iniciativa, de uma determinada missão ou ambição existente que, de uma forma endógena ou exógena, carece à partida, seja porque surge de entre o seio de uma equipa, seja porque lhe é imposta, de uma liderança, de um líder.
Pese embora as sérias dúvidas quanto à verdadeira autoria da frase, atualmente já não atribuída nem a Einstein nem a Benjamin Franklin, a verdade é que o acerto da expressão “insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes” é por demais evidente e, seja quem for o iluminado que proferiu este sentimento, ele continua tão atual nestes tempos como no momento da sua origem.
A popular expressão laissez faire simboliza um “deixar fazer” tradicionalmente associada ao capitalismo económico, a uma menor regulação e maior raio de acção à iniciativa privada, tendo porém sido mais tradicionalmente adoptada no vocabulário corrente para simbolizar um certo desinteresse e apatia perante determinadas situações que determinariam um comportamento distinto.
Há alguns anos, claramente não interessa quantos, sob pena de revelar demasiados factos pessoais, vi rotulada a minha geração como “rasca” pelo então executivo no poder, bem como pela generalidade da imprensa nacional.
Antes de mais, é importante dizer que este artigo, mais do que uma qualquer recomendação ou teoria sobre um determinado assunto, visa apenas e tão-só servir de testemunho pessoal para uma realidade com a qual me tenho visto confrontado, a qual seguramente encontrará eco em muitos daqueles que lerem estas palavras.