Das ideias que mais retive dos meus tempos de estudante estão as que encontrei e formei a partir da discussão que procura distinguir o que é “normal” do que é “patológico”. É dos tipos de problema que ainda não tem solução cabal, como todos os importantes problemas filosóficos (ou humanos).
Escrevo este artigo a partir de um avião que faz o trajeto Lisboa-Londres. Após mais de um ano e meio de viagens interrompidas, devido à pandemia, vislumbra-se o regresso a uma normalidade, cuja falta foi bastante sentida e que para muitos ainda o é até pela forma como têm vivido toda esta situação.
Em 2017 escrevi para o Link To Leaders um artigo intitulado “Vestuário é mensagem”, no qual começava por afirmar que “A imagem é o que nos distingue dos outros e, por isso, devemos cuidar de todos os aspetos que possam contribuir para a sua melhoria, nomeadamente a forma como nos vestimos. Não apenas pelas mensagens subtis que a roupa transmite para pessoas mais atentas (uma gravata de marca, um fato de lã com bom corte), mas também pela mensagem óbvia e que todos decifram: se é ou não uma pessoa desleixada”.
Com um impacto fortíssimo na atividade empresarial, a presente crise veio tornar mais visíveis forças e fragilidades da economia global, de cada economia e de cada empresa em particular.
Efetivamente, haverá que determinar um equilíbrio, não numa balança de dois pratos, mas numa “balança de três pratos”, envolvendo a parte sanitária, a parte da atividade económica e a parte de coesão social.