Uma das principais competências de uma pessoa virtuosa, é a sua capacidade de reconhecer, a cada momento, que certos comportamento e atitudes próprias, e mesmo estratégias de vida, não estão a ser…virtuosas.
Num artigo recente publicado na HBR (1), Amy Gallo reporta os resultados de um estudo sobre os conflitos no trabalho, onde se assinala que “94% dos respondentes afirmam ter trabalhado com uma pessoa “tóxica” nos últimos 5 anos.
Os novos tempos, sem dúvida muito turbulentos e inquietantes, estão a fazer ressurgir certos paradigmas e práticas que acharíamos já ultrapassados e definitivamente arrastados para o “caixote de lixo da História”.
De todas as formas de comunicação que existem, o insulto é talvez aquela que melhor exprime a aversão ao contraditório e o desprezo por quem tem ideias diferentes.
Vivemos há séculos com a ideia de que a verdade se opõe à mentira e que o fosso que separa estas duas entidades é claro e inequívoco, sendo, portanto, possível, desmontar e denunciar uma mentira através de uma informação rigorosa e supostamente objetiva.
Numa epígrafe ao Capítulo I do livro “Confiar & Inspirar” de Stephen M.R. Covey, Peter Drucker afirma que “daqui a umas centenas de anos, quando a história do nosso tempo for escrita numa perspetiva de longo prazo, é provável que o acontecimento mais importante que os historiadores vejam (…) poderá ser uma mudança sem precedentes na condição humana.
Vários autores têm vindo a alertar para o risco de que uma utilização excessiva e, sobretudo, acrítica de várias ferramentas digitais, pode incentivar nas pessoas “comportamentos que jamais ocorreriam no mundo real”.
Uma das principais virtudes do nosso tempo é dar às pessoas reais possibilidades para escolherem os rumos das suas vidas, de acordo com idiossincrasias próprias e viverem em função das capacidades que conseguem mobilizar face aos inúmeros constrangimentos e condicionantes que são caraterísticas das sociedades altamente complexas.
Uma das principais características da liberdade é a existência efetiva de possibilidades de escolha. Sem escolhas, ou seja, sem existir num determinado sistema, seja social seja pessoal, uma real possibilidade de as pessoas formularem escolhas de acordo com as suas opiniões, crenças e valores próprios, não existe verdadeiramente liberdade, mas apenas tipos de condicionamento, mais ou menos alargados, ou mais ou menos limitados.
Mihaly Csikszentmihalyi, que, com Martin Seligman, foi um dos fundadores da corrente da “Psicologia Positiva”, tem uma afirmação no seu famoso e excelente livro “Flow (Fluxo, na edição portuguesa de 2023) que seguramente nos causa alguma perplexidade.
Numa época de impressionantes avanços tecnológicos, onde a “realidade do real” se vai cada vez mais confundindo com um complexo e muito diversificado “jogo de máscaras”, a questão que preocupa as pessoas (e não a geração “baby boomers”) já não é o “nada ser como dantes”; a questão verdadeiramente inquietante é a de que “já nada é como parece ser”.
Qual é a principal competência emocional que um líder deve ter? Esta pergunta tem-me sido colocada inúmeras vezes, em aulas e workshops que tenho entregado sobre o tema da Inteligência Emocional.