Vários autores têm vindo a alertar para o risco de que uma utilização excessiva e, sobretudo, acrítica de várias ferramentas digitais, pode incentivar nas pessoas “comportamentos que jamais ocorreriam no mundo real”.
Uma das principais virtudes do nosso tempo é dar às pessoas reais possibilidades para escolherem os rumos das suas vidas, de acordo com idiossincrasias próprias e viverem em função das capacidades que conseguem mobilizar face aos inúmeros constrangimentos e condicionantes que são caraterísticas das sociedades altamente complexas.
Uma das principais características da liberdade é a existência efetiva de possibilidades de escolha. Sem escolhas, ou seja, sem existir num determinado sistema, seja social seja pessoal, uma real possibilidade de as pessoas formularem escolhas de acordo com as suas opiniões, crenças e valores próprios, não existe verdadeiramente liberdade, mas apenas tipos de condicionamento, mais ou menos alargados, ou mais ou menos limitados.
Mihaly Csikszentmihalyi, que, com Martin Seligman, foi um dos fundadores da corrente da “Psicologia Positiva”, tem uma afirmação no seu famoso e excelente livro “Flow (Fluxo, na edição portuguesa de 2023) que seguramente nos causa alguma perplexidade.
Numa época de impressionantes avanços tecnológicos, onde a “realidade do real” se vai cada vez mais confundindo com um complexo e muito diversificado “jogo de máscaras”, a questão que preocupa as pessoas (e não a geração “baby boomers”) já não é o “nada ser como dantes”; a questão verdadeiramente inquietante é a de que “já nada é como parece ser”.
Qual é a principal competência emocional que um líder deve ter? Esta pergunta tem-me sido colocada inúmeras vezes, em aulas e workshops que tenho entregado sobre o tema da Inteligência Emocional.
São muitas as preocupações que as sociedades mais desenvolvidas vêm tendo em relação às consequências que o desenvolvimento tecnológico poderá vir a acarretar nos modos de organização das empresas e na gestão das pessoas.
Durante a pandemia da Covid-19 foram surgindo, como é natural em tempos de grande crise, diversas opiniões, vaticínios e prognósticos acerca do que iria acontecer no “depois”, que se prenunciava como algo de inquietante.
As teorias económicas ainda dominantes, sustentadas no paradigma do Homo Economicus, partem do pressuposto de que as pessoas tomam decisões racionais com base numa clara noção dos seus próprios interesses.
Os seres humanos têm, em geral, um medo visceral do desconhecido, razão pela qual a incerteza, a ambiguidade e mesmo a dúvida persistente, podem gerar sentimentos de inquietação, ansiedade e stresse que ativam certas zonas do cérebro que nos impelem a ter atitudes reativas, cujas modalidades variam de acordo com a intensidade e a frequência dos sentimentos experimentados.
O velho ditado que dá título a este texto, muito conhecido de todos, expressa bem uma crença tradicional sobre as relações humanas, segundo a qual a proximidade física e a proximidade emocional andam necessariamente de mãos dadas, sendo que uma, a proximidade emocional, está intrinsecamente dependente da outra.
As últimas décadas têm sido marcadas por profundas mudanças na gestão estratégica das empresas e organizações, particularmente no que respeita aos modelos que têm servido de base à definição dos eixos orientadores das estratégias de competitividade.