Em julho de 2021 acabou o teletrabalho na escola de gestão onde sou diretor de investigação. Fizemos um evento para marcar o regresso. Uma das partes desse evento incluía um breve discurso de cada diretor. Cada um de nós tinha que escolher uma música que tocaria quando entrássemos no palco para discursar.
O nosso salário e a nossa carreira lá na empresa dependem do nosso valor como líder. Não é que as empresas sejam sítios onde impera a méritocracia. Longe disso. A sua capacidade de bajular o chefe e a sua rede de alianças são fontes de valor, mas não são as únicas. Há três coisas que você pode fazer para aumentar o seu valor como líder.
Há um par de meses lancei um livro inovador sobre liderança. A ideia base do livro é que cada um de nós tem uma voz de liderança. Que o nosso valor como líderes não vem da nossa capacidade de aplicar as melhores práticas de liderança. Vem da nossa capacidade de criar as nossas próprias práticas de liderança.
O teletrabalho foi sempre tratado como uma mudança radical na vida do dia a dia das empresas. Até março de 2020 era só para os nómadas digitais e para trabalhar ao fim de semana. Ninguém sabia o que era o Zoom. O Teams era um daqueles aplicativos que já vem instalado e que nem sabemos que temos no computador. O Slack era uma aplicação que era usada em grupos de trabalho que estavam lado a lado, muitas vezes na mesma sala.
Uma das piores ideias que posso imaginar é uma escola de gestão colocar nas suas instalações um supermercado automático sem pessoas a trabalhar na caixas e com o objetivo de ser um laboratório para desenvolvimento de produtos. Um supermercado deste tipo transmite duas ideias perigosas numa organização que está a formar os líderes do futuro.
Uma das coisas que aprendi quando passei a participar na gestão das universidades em que trabalhei é que há organizações em que há pessoas que são consideradas pessoas de segunda.
Para mim a liderança é pessoal, mas não sei se devia ser assim. A liderança é pessoal quando a nossa principal missão enquanto líderes é desenvolver as pessoas que estão sob a nossa responsabilidade. A liderança é pessoal quando desafiamos constantemente as pessoas que lideramos, mesmo quando isso não interessa à empresa onde trabalhamos.
Até ao meu segundo ano do doutoramento custava-me muito perceber porque é que as pessoas sacrificavam tanto pelo trabalho, especialmente quando não escreviam romances ou tentavam curar doenças – as duas únicas profissões em que se está mesmo a ajudar os outros.
Há uma coisa que todos os livros de auto-ajuda tem em comum e que é mentira. Cada livro que nos quer ensinar a ser melhores líderes, melhores empreendedores, melhores colaboradores e até melhores pessoas tem um conjunto de receitas muito diferente.
Li uma frase que descreve muitas das pessoas que admiro e que também gostava que me descrevesse a mim. É uma frase que um jornalista usou num obituário de Niki Lauda, um antigo piloto de Fórmula 1 que morreu a 20 de Maio de 2019.
O meu artigo deste mês é uma reflexão sobre uma das lições mais importantes que aprendi com o meu filho: que vale a pena trabalhar em "modo pesadelo".
Dia 8 foi o Dia da Mulher. O Dia da Mulher é um dia que me deixa contente porque é um dia em que se festejam muitas conquistas difíceis: o direito ao voto, o direito ao trabalho e o direito à propriedade (o site "School of Feminism" tem uma série de posters com uma lista de grandes e pequenas conquistas).