Acho incrível que desde 2014 o Ministério das Finanças tenha confiscado 83 mil casas (que representam 1,3 mil milhões de euros) de cidadão privados em Portugal, que não pagaram ou não conseguiram pagar os seus impostos. E, no entanto, durante o mesmo período, 10 mil milhões de euros foram transferidos para paraísos fiscais (97% para o Panamá) sem o devido escrutínio, devido a uma muito conveniente “falha informática”.
Como é que tudo joga no título longo deste escrito? Vou tentar tornar a estória longa, curta!
Portugal, país da “geração melhor preparada de sempre”, país que (e bem) recebe de braços abertos muitas das inovações tecnológicas e muitas das maravilhas da modernidade, é também um país que passa “do dia para a noite” em poucos dias, alternando um optimismo juvenil com um pessimismo por vezes doentio.
O National Intelligence Council dos EUA publicou em janeiro deste ano um estudo denominado “Global trends: paradox of progress”, onde analisa as principais tendências a nível económico e social com que o mundo deverá confrontar-se nos próximos 20 anos.