Muito se tem falado e escrito sobre o fenómeno da Great Resignation, também designada pela Grande Renúncia. Mesmo em Portugal, assistimos a colaboradores a abandonarem as organizações, porque experimentaram a possibilidade de trabalhar à distância, com autonomia, sem controlo in loco e … sobreviveram. Entregaram resultados. Foram produtivos.
Síndrome da folha em branco. Um rasgo de desinspiração. O início do processo criativo, em forma de bloqueio e de insegurança. Será que consigo escrever umas linhas sobre este tema? Entra o impostor em cena.
Comecei a trabalhar no século passado, em 1998. Eu ainda sou do tempo em que não tinha email profissional nem internet no local de trabalho, nem telemóvel da empresa. Utilizava o fax. Recordo o pager (ou bipe), apenas de algumas conversas com amigos, não enquanto utilizadora.
Ver e viver (n)o Mundo de forma dicotómica. Sim ou não? Branco ou preto? Esquerda ou direita? Trabalho ou lazer? Pessoal ou profissional? A minha ou a tua equipa? Do meu ou do teu lado? A meu favor ou contra mim… enfim, estas são algumas das dualidades proporcionadas pela nossa existência humana. Mas será suficiente explorarmos apenas dois cenários? Termos apenas duas alternativas disponíveis?
Vivemos tempos de renovação e de mudança permanente. Parece evidente, sentimo-lo diariamente na pele. E é tempo de desconfinar algumas ideias. Dar-lhes vida.
O ser humano é um ser complexo, previsivelmente irracional, de acordo com vários estudos de economia comportamental. Damos por nós a tomar decisões que depois procuramos justificar de forma racional. Mas já dizia António Damásio que sem emoções não conseguimos decidir. A neurociência explica!
2019 foi “decretado” como o ano nacional da colaboração, numa iniciativa promovida pelo Fórum para a Governação Integrada (Fórum GovInt) e pelos seus parceiros - organizações de norte a sul do nosso país.
Nada é permanente a não ser a própria mudança, já dizia Heráclito de Éfeso (há muito muito tempo, por volta de 500 a.C.). Tudo flui, nada persiste. A não ser, talvez, algumas mentalidades rígidas (“sempre fiz assim”) que ainda se encontram neste belo país “à beira mar plantado” (fica o pensamento crítico).
Portugal é hoje em dia um país que representa uma opção de vida, não apenas para visitar mas também para residir, estudar, trabalhar e/ou investir. Uma primeira escolha e não um plano B. Portugal transpira multiculturalidade!
No passado mês de março a plataforma Portugal Agora lançou uma Agenda para a Inovação e Empreendedorismo Social.