Da minha experiência no mundo das organizações, o politicamente correto continua a fazer das suas. E, sim, no contexto das relações interpessoais, em grande parte das empresas portuguesas, acredito que continua a produzir resultados bastante negativos. Voltemos à merda.
Alerto-o/a, caro/a leitor/a, que, com a exploração que vou propor sobre os muitos efeitos negativos que tenho encontrado em quem segue, com exagero e extremismo, a doutrina do “politicamente correto”, correrei o sério risco de enveredar pelo caminho contrário.
Nas férias li dois livros muito diferentes um do outro: “A história natural da estupidez”, de Paul Taboori, e “A utilidade do inútil”, de Nuccio Ordine. As suas diferenças parecem evidentes em diversos sentidos.
“É muito trabalhador” ou “tem grande capacidade de trabalho”; “é a primeira a entrar e a última a sair”. Quais as primeiras ideias que lhe surgem ao ler estas frases? O que sente?
Imagine que está numa sala com uma criança com quem tem um laço afetivo. A sala é ampla, desafogada, com janelas grandes que deixam passar uma luz abundante; tem uma escadaria encostada a uma das paredes e está decorada de forma moderna e minimalista onde, apesar disso, se sente confortável e em segurança.
Recentemente, após uma nova leitura e com a distância de algumas semanas, consegui aperceber-me que um artigo que escrevi (1) neste mesmo portal me lançara as bases necessárias para continuar a refletir sobre o mesmo tema, tendo por base a seguinte pergunta-hipótese: que mudanças têm de acontecer, ou ser provocadas, para que o conceito de “trabalho” passe a estar mais ajustado à realidade actual e proporcione um índice mais alto de saúde e de satisfação para quem trabalha?
Depois da Inteligência Artificial, propus-me a escrever sobre outro tema da moda: a nossa crescente permeabilidade às tretas. Pelos vistos vivemos na era das fake news e da “pós-verdade” (será isto tretas sobre tretas?).
Este ano, cujo fim se aproxima, tem sido marcado por uma expressão e pela sigla correspondente. Inteligência artificial ou IA têm sido regularmente incluídas em títulos de peças noticiosas, artigos de opinião, escritos científicos e académicos, nacionais e internacionais, tanto em publicações de especialidade como nas generalistas.
Coloquei a seguinte situação durante uma experiência de aprendizagem que conduzi recentemente para um grupo de pessoas de uma organização com quem trabalho: