Se Arquimedes pensava que conseguia mover o mundo com uma alavanca, os aprendizes de gestor pensam que o conseguem fazer apenas com objetivos e incentivos. O entusiasmo é tão grande que o único critério para escolher um indicador parece ser a possibilidade de o medir. Quando uma proposta para avaliar o desempenho de médicos de família pelo número de utentes que decide interromper a gravidez só é travada depois de indignação generalizada, chegamos a um ponto em que é preciso parar para pensar.
Será a incompreensível guerra na Ucrânia um sinal de que se está a perder a virtude ética de confrontar o poder com a verdade? Como se instala num governo ou numa empresa uma cultura que elimina a coragem de falar? Será possível evitar essa armadilha? Ou estará o poder tão ciente da verdade que o que lhe interessa realmente é escondê-la?
Em abril de 2008, o João Vieira da Cunha publicou um artigo** com o título “Terror ao Pequeno-Almoço”. Nessa crónica, o João contava como um diretor de vendas tinha o hábito de tomar o pequeno-almoço todas as quartas-feiras com os oito chefes de equipa do seu departamento.
Já ninguém espera trabalhar na mesma organização durante a vida inteira, mas a empresa para a qual se trabalha é um grupo social importante ao qual pertencemos e que define parte da nossa identidade.
Não é só nos desfiles de Carnaval que as máscaras são precisas. Também nas empresas as caricaturas e os estereótipos nos ajudam a sorrir com o que se passa no nosso dia-a-dia.
Dados divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária revelaram na semana passada que, desde que entrou em vigor, em 2014, o novo Código da Estrada já fez 3.195 “vítimas” nas rotundas.