Esta é uma altura tramada para se ser um profissional na área de marketing! Muitas das estratégias que funcionavam há dois anos, já não resultam. Os canais que utilizávamos para comunicar com o cliente ontem, hoje já não são relevantes. E a tecnologia que faz chegar os nossos produtos ou serviços ao cliente hoje, vai estar ultrapassada amanhã. O que podemos então fazer, nós pobres apaixonados por marcas e comunicação, para sobreviver nesta realidade?
São 7 horas da manhã, o sol está a acordar no horizonte, pintalgando o mar de suaves tons alaranjados. Há uma leve brisa fresca no ar e a vida começa a despertar à beira-mar. Um tractor alisa a areia da praia, alguns surfistas esperam pelas ondas dentro de água, um casal de reformados faz a sua caminhada matinal e alguns corajosos passam suados, revelando que a corrida começou antes do próprio dia.
A minha geração cresceu a pensar que podia ser, ter e chegar onde quisesse. Para sermos os líderes do futuro, tínhamos (apenas) de ser os melhores, de nos esforçar, estudar, aplicar. Com um bocadinho de talento à mistura, podíamos todos ser o Cristiano Ronaldo da nossa área. Até que, de repente, o mundo mudou: terrorismo à escala global; crise financeira e grandes empresas a falir; aquecimento global e o prenúncio do fim do mundo.
A primeira vez que ouvi aquele texto foi pela voz do diretor criativo. Estava sentado do outro lado da mesa de reunião. A sala tinha pouca luz. Revirou umas folhas e, sem introdução, começou a ler. O texto tinha frases curtas, mas marcantes. Com a sua voz, pausada e grave.
Recentemente, numa conversa com um grupo de bons velhos millennials, um deles dizia que se sentia numa prisão de algodão doce e que estava a ser muito difícil lidar com essa sensação. Esta dualidade provém do conforto que a sua situação profissional lhe proporciona e o desconforto por se sentir tão confortável.
O calendário marcou recentemente mais um Dia Internacional da Mulher e muito se escreveu, comentou e fotografou sobre este dia. Confesso-vos que tentei, mas não fui capaz de deixar passar a data sem, também eu, escrever sobre ela.