Este é o título, traduzido para português, do livro do Prof. C.K. Prahalad, narrando um conjunto de situações nas quais demonstra, claramente, que o estrato social esquecido, por ser muito pobre, é também consumidor de produtos e serviços, essenciais para os mais ricos, desde que os mais pobres tenham acesso a eles.
De vez em quando aparecem profetas das desgraças. Houve tempos em que a terra não produziria o suficiente para alimentar a sua população. Depois, veio o buraco do ozono e vários outros maus agoiros, e agora a iminente falta de água.
Uma pessoa amiga mandou-me um vídeo com a impressionante estória do empresário David Sassoon, que emigrado do Iraque, da cidade de Bagdad, veio a Mumbai em 1860 e prosperou, por ter a garantia e a realidade de uma paz, lei e ordem.
As empresas indianas devem dedicar, cada ano, 2% dos seus lucros para apoiar alguma iniciativa de impacto social, seja privada ou de algum organismo social, com um trabalho efetivo do agrado dos dirigentes da empresa.
Chama-me a atenção o facto de haver boas possibilidades de se criar muito trabalho semiqualificado, quer no turismo, em agribusiness ou na saúde, com algum treino intensivo para se ter uma boa qualidade. E, a par disso, formar grupos muito especializados em tecnologias e em medicina.
As inovações e a sua aplicação em larga escala já eram familiares desde a Revolução Verde, dos anos 1960 e posteriores. Os muito bons resultados foram capazes de acabar com a necessidade de importação de cereais para alimentar o povo, logo após os anos 1970.
Lia algures que nos Jogos Asiáticos a Índia poderia ter talvez o melhor resultado de sempre, em medalhas, para os três primeiros lugares, de toda a sua história desportiva.
Como se fazem os campeões? Ao observar de onde eles surgem no desporto e os bons componentes de coros e grupos musicais, constatamos que um papel muito importante está no facto de terem tido aulas interessantes nesses campos quando ainda eram jovens, o que os fez interessarem-se por tais atividades.
Chamaram-me vivamente a atenção pessoas com iniciativas muito variadas e todas elas muito empreendedoras.
Grande evolução tem havido neste domínio. Há alguns anos, espaços abertos, quase sem vivalma, eram preservados assim, como uma reserva estratégica e, talvez um ativo a ser desenvolvido num futuro, que nunca mais chegava.
Encontrei muitas pessoas que com a sua conduta profissional provaram que se pode atuar em moldes corretos e justos, quebrando tradições instaladas, em projetos que facilitam a vida dos cidadãos.
Sou levado a pensar que os países ricos, quase sem esforço de preparação fina dos seus recursos humanos, quando veem necessidades pontuais resolvem-nas dando mais vistos de trabalho aos profissionais necessitados de outros países do Terceiro Mundo, cobrindo assim a sua lacuna.