Os países ricos, quando veem necessidades pontuais de médicos ou paramédicos, quase sem esforço de preparação fina dos seus recursos humanos, resolvem-nas dando mais vistos de trabalho aos profissionais que necessitam, em geral do Terceiro Mundo. Assim cobrem a sua lacuna existente noutros países.
Aparecem solicitações para resolver problemas adormecidos ou adiados, porque não havia urgência ou talvez recursos, podendo esperar. Muitos dos problemas respeitantes à educação e à saúde, não devem esperar, mas mobilizar o país para generalizar o ensino básico, erradicar uma doença: pode ser a tuberculose, o HIV, a raiva transmitida pela mordedura de um cão, a poliomielite, etc.
Manmohan Singh foi convidado para Ministro das Finanças quando Narashima Rao, logo após o falecimento de Rajiv Gandhi, foi escolhido para Primeiro Ministro, em 1991. As finanças do país estavam numa situação lastimável, com disponibilidades muito reduzidas, não podendo importar bens por mais de duas semanas.
Surpreendo-me ao ver como a posição dos chamados países do Ocidente (EUA, UE, Japão, etc.) tidos, outrora, por todo-poderosos, quando nada se fazia sem o seu consentimento ou aprovação, dominando e explorando os outros países, estarem hoje a ser largamente superados por alguns novos, antes colonizados e explorados.
Este é o título, traduzido para português, do livro do Prof. C.K. Prahalad, narrando um conjunto de situações nas quais demonstra, claramente, que o estrato social esquecido, por ser muito pobre, é também consumidor de produtos e serviços, essenciais para os mais ricos, desde que os mais pobres tenham acesso a eles.
De vez em quando aparecem profetas das desgraças. Houve tempos em que a terra não produziria o suficiente para alimentar a sua população. Depois, veio o buraco do ozono e vários outros maus agoiros, e agora a iminente falta de água.
Uma pessoa amiga mandou-me um vídeo com a impressionante estória do empresário David Sassoon, que emigrado do Iraque, da cidade de Bagdad, veio a Mumbai em 1860 e prosperou, por ter a garantia e a realidade de uma paz, lei e ordem.
As empresas indianas devem dedicar, cada ano, 2% dos seus lucros para apoiar alguma iniciativa de impacto social, seja privada ou de algum organismo social, com um trabalho efetivo do agrado dos dirigentes da empresa.
Chama-me a atenção o facto de haver boas possibilidades de se criar muito trabalho semiqualificado, quer no turismo, em agribusiness ou na saúde, com algum treino intensivo para se ter uma boa qualidade. E, a par disso, formar grupos muito especializados em tecnologias e em medicina.
As inovações e a sua aplicação em larga escala já eram familiares desde a Revolução Verde, dos anos 1960 e posteriores. Os muito bons resultados foram capazes de acabar com a necessidade de importação de cereais para alimentar o povo, logo após os anos 1970.
Lia algures que nos Jogos Asiáticos a Índia poderia ter talvez o melhor resultado de sempre, em medalhas, para os três primeiros lugares, de toda a sua história desportiva.
Como se fazem os campeões? Ao observar de onde eles surgem no desporto e os bons componentes de coros e grupos musicais, constatamos que um papel muito importante está no facto de terem tido aulas interessantes nesses campos quando ainda eram jovens, o que os fez interessarem-se por tais atividades.