Reino Unido e Estónia entre os países na Europa com mais start-ups de IA

A pesquisa é da capital de risco Earlybird e identifica o Reino Unido e Estónia como dois dos países europeus com mais start-ups na área da inteligência artificial.

A Earlybird mapeou os focos europeus de inovação em inteligência artificial (IA) e constatou que apesar do Reino Unido ser o principal país da Europa em número de start-ups especializadas em IA, a Estónia revelou-se um país acolhedor para start-ups com este perfil ao registar o maior número por milhão de habitantes (mais exatamente 10),  tendo inclusive o unicórnio Veriff.

De qualquer forma, o Reino Unido já soma vários unicórnios no setor da inteligência artificial, como são os casos da Synthesia, da Builder AI, da insurtech Tractable, da Stability AI ou da fintech Quantexa.

A Alemanha soma 167 start-ups de IA, seguida pela França com 135. Aliás, de acordo com a pesquisa da Earlybird, as start-ups francesas de IA são das mais bem financiadas da Europa.

Ainda assim, a análise indica que entre as start-ups que conseguiram melhores investimentos estão nomes como a plataforma a Dataiku e a Shift Technology, ambas de Paris, a Graphcore, de Bristol, e a belga Collibra.

A Suíça também está em destaque ao contabilizar 67 start-ups de IA, incluindo o unicórnio Scandit. O país beneficiou do facto de ter a ETH Zurich que tem nove alummi como fundadores de IA.

Melhores start-ups de IA  fundadas na Europa

Outra das vertentes consideradas neste relatório da Earlybird foi o papel da academia na formação dos empreendedores em IA. E neste ponto, a Universidade Técnica de Munique está na frente das universidades europeias já que dali saíram 35 fundadores de start-ups dedicadas à inteligência artificial. Seguem-se as britânicas Oxford, Cambridge e Imperial College London.

Comparativamente, as universidades americanas estão a conseguir números melhores. As universidades da Califórnia (entre as quais Stanford e USC), “produziram” um total de 175 fundadores de IA, ligeiramente menos que o número registado pelo conjunto das 10 principais universidades europeias.

Em termos de números globais, os Estados Unidos somam 1.752 start-ups a atuar na área da IA, face às 1.157 dos 33 países europeus sobre os quais o Earlybird tem dados disponíveis.

Andre Retterath, partner da Earlybird, e líder da pesquisa, confidenciou à plataforma Sifted que “a Europa tem uma pesquisa muito forte. No entanto, a colaboração entre universidades e empresas não é tão forte como nos Estados Unidos”. Além disso, o responsável do estudo refere ainda que a existência de um epicentro como Silicon Valley é outro fator a favor dos EUA especialmente para a área de deeptech, e que, inclusivamente, os principais investigadores europeus querem ir para lá uma vez que a interação entre universidades, tecnológicas e start-ups é maior que na Europa.

Universidades europeias com o maior número de fundadores de IA

 

 

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