Neste momento de grandes incertezas quanto ao futuro, sendo certo que a única garantia que temos passa pela antecipação da possivelmente grave crise económica e social no nosso país – e não só, claro está -, será talvez relevante pensar um pouco nas consequências que a atual conjuntura mundial terá no mercado imobiliário nacional, seja na vertente do absorção interna dos ativos existentes, seja também no futuro que poderá ter o investimento estrangeiro no nosso país neste tipo de bens.
Ao longo dos anos tenho-me deparado com uma questão profissional que cada dia entendo como mais relevante no sucesso ou insucesso dos modelos de negócio que tentamos colocar em prática: a necessidade de adaptação dos mesmos ao local onde pretendemos levar um determinado negócio ou empreendimento adiante.
Fruto da minha atividade profissional tenho acompanhado com muita atenção a evolução nacional e internacional a nível do investimento imobiliário, evolução de mercados, tipos e formas de investimento, eventuais ameaças e riscos causados pelas ocorrências mundiais (e.g. pandemia, guerra na Europa, entre outros).
Em todas as questões da vida, seja por nomeação seja de forma mais automática, aparecem líderes que galvanizam e inspiram as multidões, os países, as equipas ou as empresas.
Já por várias vezes tive a oportunidade de dizer que uma das principais consequências da pandemia que vivemos passa pela forçosa adaptação dos métodos tradicionais de trabalho, com a paulatina – ou repentina, em alguns casos – substituição da utilização massificada de escritórios pela opção do teletrabalho.
Antes de mais confesso que evidentemente os tempos mudaram e, pessoalmente, sinto que por vezes tenho alguma dificuldade em adaptar-me a novas tendências ou, quiçá melhor dizendo, em entender alguns conceitos que vão aparecendo no nosso mercado profissional atual.