A atual discussão em torno da semana de 4 dias de trabalho tem levantado boas e pertinentes ideias, reflexões, comentários e até desabafos (quer de colaboradores quer de entidades patronais, sindicatos, políticos, ..). Mas ainda que o objetivo aparente seja positivo (procurar um modelo que nalguns casos possa servir melhor empresas e colaboradores) fico desanimado ao ver falar do trabalho como se ele fosse pano de fundo do demónio, um mal com o qual temos de viver e que melhor seria não o ter.
Há uma célebre frase no desporto que diz “Joga pelo nome que tens na frente da camisola e as pessoas vão gostar do nome que tens nas costas”. Na liderança das empresas isso é cada vez mais verdade, com o papel dos líderes (especialmente o do CEO) a ter que se transformar e evoluir, sendo também mais “capitão de equipa” e não só “treinador” ou “presidente”, até porque “o sucesso dos outros é o meu sucesso”.
Ouve-se dizer que “o futuro é dos jovens”, mas ao mesmo tempo que eles “não se interessam” e que “ainda são muito novos, não entendem”. Queremos que eles sejam altamente qualificados ainda antes de acabarem os estudos, com experiências e estágios, mas não lhes perguntamos o que acham do mundo e do futuro.
Rápido: veloz, ligeiro, instantâneo. Ágil: que se move de forma célere e fácil. Então qual deve ser a abordagem num mundo como o atual onde tudo muda a cada ano e se transforma a cada minuto? Fácil. Ambos.
Num contexto destes em que vivemos atualmente, em pleno clima de guerra, precedido de uma pandemia e com sinais cada vez mais evidentes de uma crise económica e humanitária a uma escala global, não faria sentido de falar de outra coisa senão de Pessoas.
São já muitos os momentos na história – por disrupção tecnológica, por ameaça de novos entrantes mais ágeis e capazes, ou por instinto de sobrevivência – que as empresas foram e são obrigadas a transformar a sua atividade. Mas são também vários os momentos destes em que vemos as mesmas empresas a fracassar, a deixar passar a oportunidade de fazer diferente, a comunicar para fora que a empresa está em processo de transformação, mas a fazer tudo igual para dentro.
Depois da desistência da Cofina, a quem se tinha juntado para comprar a Media Capital, o empresário dono da Douro Azul assegurou a “negociação exclusiva” de 30,22% do capital do grupo dono da TVI. Do lado das Tecnológicas, a Novabase passa a deter a totalidade da empresa de tecnologia de comunicações Celfocus.