Opinião

Segmentos e negócios que têm aquecido o mercado brasileiro

Daniella Meirelles, fundadora da DBRAND e GetYuppy

Pois bem caros leitores, já estamos em maio, quase na metade de 2019. Hora de fazer uma análise do mercado para avaliarmos bem os próximos passos a serem dados. O mercado brasileiro tem-se mostrado dinâmico para as start-ups e para o segmento de inovação.

Diversas empresas têm criado seus próprios Labs (laboratórios de inovação) com o objetivo de avaliar quais as inovações que podem influenciar ou beneficiar o seu modelo de negócio, estimular brainstormings, experimentações, criar produtos, experiências e novos negócios. As corporações também tem-se aproximado de ecossistemas de inovação para avaliar quais as start-ups que podem atuar em conjunto, investir e/ou criar alguma inovação que incremente a sua cadeia de valor.
A ponte de empresas tradicionais para o digital tem sido a aposta desses laboratórios de inovação que adotam metodologias ágeis como design thinking, fazem ideação, testam hipóteses, criam um MVP (mínimo produto viável) e protótipos para serem testados. Com isso, há agilidade no desenvolvimento e validação de ideias e projetos.

A boa notícia é que temos visto por aqui o crescimento do número de pessoas empreendendo por terem percebido oportunidades no mercado. De acordo com o estudo realizado pelo Global Entrepreneruship Monitor (GEM), a abertura de novos negócios por necessidade tem diminuído, enquanto que o empreendedorismo por oportunidade tem crescido. Desde o início do ano, as empresas que mais tem crescido são as voltadas para as áreas de saúde, agronegócio, mercado bancário (fintechs) e terceira idade. Além desses setores, há 15 negócios em alta este ano no Brasil: alimentação alternativa (direcionado para pessoas que possuem intolerância ao glúten e à lactose), biojóias (bijuterias que utilizam itens sustentáveis como matéria-prima);  consertos e reformas, cosméticos (agora também voltado para o público masculino e produtos feitos com produtos naturais), coworking, desenvolvimento de aplicações, drones (uso regulamentado no início de maio pela ANAC*), infoprodutos (produtos digitais como livros, aulas e palestras), leitura biométrica (reconhecimento facial, digital e de retina), microcervejarias, impressões 3D, pets, produtos orgânicos e realidade virtual.
O setor tecnológico possui o maior potencial de lucro, devido à grande procura de desenvolvimento de softwares, criação de aplicações, soluções de gestão e start-ups. O marketing digital também segue em alta pois tornou-se fundamental para divulgação de negócios na internet.

Espero que o artigo possa dar um norte à todos aqueles que desejam empreender no Brasil. Acredito que mesmo quando o mercado enfrenta uma crise económica, há sempre grandes oportunidades. Elas sempre estão lá. É necessário apenas conseguir vê-las.

* ANAC –  Agência Nacional de Aviação Civil

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Daniela Meirelles

Daniela Meirelles

Daniela Meirelles é empreendedora, business advisor, mentora de start-ups e palestrante (Branding, Empreendedorismo e Liderança). Foi fundadora da DBRAND, consultora de branding, marketing e inovação; fundadora/CEO da Yuppy, start-up de media, marketing e eventos; mentora nos programas Startup Rio, Startup Weekend e Founder’s Institute; palestrante; e também atua na organização do II Chapter da Singularity University, no Rio de Janeiro. Tem 15 anos de experiência em marketing, branding e desenvolvimento de novos negócios. Desenvolveu inúmeros projetos para pequenas, médias e... Ler Mais..

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