Mulheres investidoras conquistam espaço na riqueza mundial

Até 2023, as mulheres investidoras vão ter mais peso na indústria global, vaticina um estudo do BCG.

Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) alusivo a 2020 mostra que a “indústria” dos investimentos é cada menos um mercado de homens e que as mulheres estão a ganhar espaço neste território. Os dados apurados pelo BCG revelam que, no ano passado, as mulheres detinham 32% da riqueza mundial e que a previsão pré-Covid aponta para que em 2023 o conjunto de riqueza total pertencente às mulheres atinja os 93 triliões de dólares (aproximadamente 79 triliões de euros).

Perante estes números a sugestão do relatório do BCG é de que as empresas não devem subestimar as mulheres investidoras e precisam de comprometer-se com uma base de clientes crescente. Uma mensagem reforçada também por Patricia Astley, diretora executiva da Julius Baer International (um banco privado suíço), citada pelo International Adviser (IA), segundo a qual a riqueza das mulheres investidoras, anteriormente ignorada pela indústria, já é grande demais para ser negligenciada.

“Existem razões pelas quais a riqueza das mulheres está a crescer. É uma combinação de mais riqueza herdada por mulheres, bem como de empresas de médio porte pertencentes a mulheres que estão a crescer significativamente. Não há dúvida de que a revolução digital transformou o panorama da riqueza feminina – as soluções digitais permitem uma melhor educação, inclusão e flexibilidade”, explica aquela profissional ao IA.

A diretora executiva da Julius Baer International defende que as investidoras precisam ter confiança no seu consultor de investimentos para se envolverem mais nas suas finanças, e que, por sua vez, as empresas de gestão de património devem estar atentas às necessidade e prioridades das mulheres investidoras. “Como indústria podemos ser mais representativos entendendo as necessidades dos nossos clientes e criando uma gama de opções que dê confiança a todos”, concluiu.

Uma forma de atrair muitas investidoras é através de consultoras mulheres já que alguns estudos sugerem que muitas vezes estas preferem ter conselheiras a administrar a sua riqueza. “Definitivamente, precisamos de ter mais representação feminina, mas é importante observar que as mulheres têm muitos anos de experiência positiva com banqueiros homens e isso não é um problema. Mas é importante fornecer equilíbrio e opções – essa é a chave para acertar no futuro”, opina Patricia Astley. Além disso, lembra a necessidade de haver mais educação para que os consultores homens estejam mais sintonizados para atrair investidores do sexo feminino”.

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