Mulheres empreendedoras de países em desenvolvimento partilham as suas histórias de sucesso
Uma nova publicação da UNCTAD mostra como empresas lideradas por mulheres de países em desenvolvimento prosperaram em tempos de crise. São 21 histórias inspiradoras.
Uneiza Ali Issufo é moçambicana e gere uma empresa de construção que fundou para prosperar naquela que é tradicionalmente vista como uma indústria masculina.
Esta é apenas uma das 21 histórias de mulheres de países em desenvolvimento que enfrentaram inúmeros desafios para construir negócios de sucesso e que integra a publicação “Women in Business, building purpose-driven enterprises amid crises”, lançada recentemente pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD, no acrónimo em inglês),
Segundo a UNCTAD, a contribuição destas mulheres para o desenvolvimento é clara: “à medida que os seus negócios crescem, elas inspiram, criam empregos e oferecem a si mesmas, às suas famílias e às suas comunidades a probabilidade de um futuro melhor e mais inclusivo”.
Estas mulheres receberam formação do principal programa de capacitação da UNCTAD, o Empretec.
“Tenho esperança que as histórias destas 21 campeãs do Empretec e a engenhosidade e resiliência que elas apresentam durante as crises sejam uma fonte de inspiração para outras mulheres e meninas que procuram modelos e esperança nestes tempos turbulentos”, afirmou a a secretária-geral da UNCTAD, Rebeca Grynspan.
O Empretec já formou mais de meio milhão de empreendedores de países em desenvolvimento desde 1988. O programa conta atualmente com 41 centros nacionais de desenvolvimento de negócios em todo o mundo, com 40 instrutores internacionais e 600 instrutores locais certificados.
E de quem são estas histórias…
Uma das histórias é a de Uneiza Ali Issufo, que fundou a ConsMoz, uma empresa de construção em Moçambique e que espera superar os estereótipos de género ao entrar numa indústria dominada por homens. “Se quer mudar o mundo, primeiro deve mudar-se a mesmo”, explica a empreendedora.
Outras das histórias mostra que o apoio da família também é importante quando as mulheres lançam empresas. Joyce Kyalema, do Uganda, refere que deve o seu sucesso ao pai, que lhe proporcionou uma educação de qualidade. Ela construiu um negócio de abóboras chamado JOSMAK International que ajuda mulheres rurais a alimentar a suas famílias e a aumentar o seu rendimento.
Do Brasil chega-nos a história de Rosana Marques, fundadora da Ouseuse, empresa de lingerie sediada na cidade de Juruaia. Criada em 1994, a empresa cresceu exponencialmente e tornou Juruaia na capital de lingerie, dando emprego a mulheres da comunidade.
Também a indiana Kayan Motashaw aventurou-se no mundo dos negócios e criou um projeto na área agroalimentar. A sua empresa LivRite Foods forma agricultores para melhorar as técnicas de apicultura para que eles obtenham receitas durante todo o ano.
Conheças as outras histórias no site da UNCTAD.