Gulbenkian e plataforma portuguesa das ONGD promovem maratona digital a bem da educação
O DevHack4Impact é uma maratona digital promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela plataforma portuguesa das ONGD.
Aproximar os especialistas digitais, o setor tecnológico e as Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) na procura de soluções para as problemáticas da educação, e da articulação institucional das ONGD nos países parceiros da cooperação portuguesa, particularmente nos PALOP, é o propósito da maratona digital promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Plataforma Portuguesa das ONGD.
A iniciativa chama-se “DevHack4Impact – Soluções digitais para o Desenvolvimento, e vai tentar encontrar soluções digitais de resposta a problemas e necessidades de desenvolvimento internacional nos países parceiros da cooperação portuguesa.
As inscrições começaram ontem e no dia 25 de fevereiro realiza-se já o workshop de ideação, no qual os participantes poderão esclarecer dúvidas sobre as suas ideias com as ONGD. Seguir-se-á uma fase de pré-seleção e, posteriormente, de 22 a 15 de março, o evento online onde as 10 melhores ideias serão apresentadas.
Além de prémios pecuniários, as três vencedoras terão acesso a sessões de follow-up na “Fase de Incubação e Tutoria”.
Luciana Almeida, responsável de capacitação na plataforma portuguesa das ONGD e coordenadora do programa, lembra que “o contexto da educação nos países parceiros da cooperação portuguesa particularmente nos PALOP, é de difícil atuação. Os problemas são vários e multidimensionais. Desde logo, a questão das barreiras linguísticas na aprendizagem e comunicação – devido ao fraco domínio da língua portuguesa que é a língua de ensino -, mas também questões relativas à ausência de mecanismos de registo dos alunos e alunas nas escolas, às dificuldades no acesso aos programas educativos e manuais ou falta de orientação profissional”.
Conclui que a organização do DevHack4Impact “quer que esta maratona digital conte histórias de sucesso, e que provoque mudanças reais na vida das pessoas mais vulneráveis e das organizações que em prol delas trabalham”. E, acrescenta, “acreditamos que a comunidade digital e tecnológica pode desempenhar um papel fundamental na construção de um mundo mais justo, equitativo e sustentável”.