Fnac, Vallis e EAD foram às compras este mês

A Fnac vai comprar a MediaMarkt Portugal, num negócio que inclui as lojas físicas e o comércio online, a private equity Vallis firmou a aquisição de 60% do capital da Europalco e a EAD foi a Espanha e adquiriu a Delete. Conheça os negócios que marcaram o mês.

Fnac compra lojas da MediaMarkt Portugal e integra 450 trabalhadores

O grupo francês FNAC DARTY celebrou este mês um acordo para comprar as lojas MediaMarkt em Portugal. São no total 10 lojas físicas e uma loja online detidas que o grupo alemão de produtos tecnológicos detém em Portugal. Estão localizadas em Braga, Matosinhos, Gondomar, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Leiria, Sintra, Alfragide, Lisboa e Setúbal.

No total, a MediaMarkt emprega em Portugal 450 pessoas e no ano financeiro de 2021-2022, registou um volume de vendas de cerca de 140 milhões de euros em Portugal.

Para a FNAC, esta compra vai permitir acelerar a estratégia de diversificação e expansão para as categorias de grandes e pequenos eletrodomésticos, que já tinha presidido à fusão com a cadeia de lojas Darty em França em 2018. A FNAC tem atualmente uma rede de 35 lojas FNAC, seis centros PC Clinic, uma loja Nature et Découvertes e o site Fnac.pt, com um volume de negócios de, aproximadamente, €370 milhões no final de 2022.

A transação, cujo valor não foi divulgado, está sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência Portuguesa, sendo que o objetivo do grupo FNAC DARTY é concluir a transação no verão de 2023.

Private equity Vallis compra Europalco com 160 trabalhadores

Com um total de ativos sob gestão superior a 200 milhões de euros, contando no seu portefólio, por exemplo, com a Insparya, rede de clínicas especializada em transplantes capilares, que tem Cristiano Ronaldo como sócio e rosto, a Vallis Capital Partners acaba de firmar um acordo para a compra do controlo da Europalco.

Em causa está a aquisição de 60% do capital social da empresa que se apresenta como “líder nacional de soluções globais para a realização de eventos e espetáculos”, estando a operação sujeita a aprovação da Autoridade da Concorrência (AdC).

“Depois da sua fundação há 26 anos, a Europalco reforça, assim, a sua posição de destaque no setor e cria condições para o crescimento profissional dos seus mais de 160 colaboradores, os quais continuarão a desempenhar um papel central na estratégia da Europalco, afirmando-se como polo de atração e retenção de talento neste setor”, avança a empresa, em comunicado.

“Apostar em novas tecnologias e expandir a nossa atuação para outras localizações são alguns dos benefícios que esta união irá trazer. Trata-se de um passo estratégico que não seria possível sem o trabalho extraordinário dos nossos colaboradores. É também a pensar neles que tomei a decisão de formar esta parceria com a Vallis”, garante Pedro Magalhães, CEO da empresa, que tem sede em Sintra.

Além da Insparya, que tem sede no Porto, os dois fundos geridos pela Vallis Capital Partners integram no seu portefólio a Smile.up (clínicas dentárias), a Logifrio (logística e transporte em temperatura controlada), a Castelbel (sabonetes e outros produtos de luxo perfumados para a casa e para o corpo) e a Raclac (produtos hospitalares).

EAD compra empresa espanhola de gestão documental Delete

EAD – Empresa de Arquivo de Documentação anunciou a aquisição da Delete, o “segundo operador de destruição confidencial e segura” de Espanha. O valor do negócio não foi divulgado pelas empresas.

A compra expande a ação da empresa portuguesa ao mercado vizinho e torna-a no “único operador de cariz ibérico e com uma capacidade para triturar mais de 4000 toneladas de papel e cartão por ano”. Além disso, a EAD passa a contar com centros de operações em Valência, Bilbau, Madrid e Barcelona onde se situa a sede.

Os 26 colaboradores da Delete, 17 dos quais com deficiência, serão integrados no grupo nacional e o diretor geral da empresa, Ramon Ferrer, manterá as suas funções ficando o conselho de administração sob alçada portuguesa.

Sobre a compra, o CEO do Grupo EAD, Paulo Veiga, salienta porque o nome vai continuar a ser Delete: “Quisemos manter a marca, que passa a fazer gestão documental global pois vão ser agregadas novas competências que a EAD pode dar ao nível da digitalização e custódia de artigos, algo que a empresa também já faz, mas em pequena quantidade”.

O grupo EAD prevê crescer 16% em 2023, mesmo sem o impacto do investimento nesta nova aquisição, e Paulo Veiga assume que a empresa quer continuar a crescer a nível ibérico: “É com especial entusiasmo que, no ano em que comemoramos 30 anos, conseguimos ter uma pegada real na Ibéria e esta empresa é o princípio disso mesmo. Vamos continuar a olhar para o mercado espanhol com muita atenção, numa perspectiva de fazer outro tipo de aquisições neste mercado”.

 

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