Empreendedoras são o motor da recuperação pós-pandemia, assegura Mastercard.

A edição de 2020 do Mastercard Index of Women Entrepreneurs (MIWE) revela que as mulheres empreendedoras têm a chave para a recuperação da economia na fase pós-pandemia.
A mais recente edição do Mastercard Index of Women Entrepreneurs (MIWE), um relatório que anualmente revela os prós e os contras enfrentados por empresas lideradas por mulheres em 58 economias em todo o mundo, avança algumas informações relevantes para ajudar empresas e indivíduos a implementar políticas inclusivas que afetem de forma rápida e eficaz a produção e melhoria económica.
De acordo com o estudo, o país com melhores resultados nas suas políticas a favor do empreendedorismo feminino é Israel, seguido pelos Estados Unidos e pela Suíça. Na América Latina, o melhor país para ser empreendedora é a Colômbia, que mostra uma representação de mulheres líderes empresariais na ordem dos 57%. Seguem-se o Chile, a Argentina, o Brasil, o México, o Uruguai, a Costa Rica, o Peru e o Equador.
No entanto, os números mostram que a pandemia afetou negativamente 87% das empresas mundiais lideradas por mulheres. A Organização Mundial do Comércio (OMC) refere que impacto foi superior porque as mulheres têm uma presença maioritária nos setores mais afetados pela recessão, mas também devido ao fosso de género que persiste no acesso tecnológico.
De acordo com o MIWE as mulheres empreendedoras na América Latina estão a demonstrar a sua adaptabilidade e resiliência. No meio desta turbulência mundial, também os governos da Nova Zelândia, Alemanha, Finlândia, Taiwan e Dinamarca, todos liderados por mulheres, deram o exemplo de uma gestão inclusiva e confiante.
Muitas mulheres, já estão, de facto, à procura do seu próprio caminho. O estudo da Mastercard revela que, este ano, 42% das mulheres empreendedoras mudaram os seus modelos de negócio para o universo online, enquanto 37% estão a desenvolver novos negócios que respondem às necessidades do local e do momento, e 34% identificaram novas oportunidades de negócio durante a pandemia.
O index da Mastercard para mulheres empreendedoras destaca também a importância das políticas públicas, e confirma que são necessárias medidas concretas para equilibrar as oportunidades. Os governos, instituições e organizações devem envolver-se ativamente no apoio à igualdade de género através da implementação de medidas que reduzam o fosso nesta área.
Além de colaborarem na reconstrução do tecido empresarial das sociedades, as empresas lideradas por mulheres geram bons lucros e promovem uma maior diversidade nas suas equipas, o que também resulta em melhores resultados, refere o Mastercard Index of Women Entrepreneurs.