Candidaturas ao SIFIDE aumentaram 38%, revela ANI.
A Agência Nacional de Inovação revelou ontem que as candidaturas aos incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial subiram 38% face a 2019.
Até 31 de julho deste ano, foram 3.283 as candidaturas submetidas ao SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento Empresarial, relativas ao exercício fiscal de 2020. Ou seja, um aumento de 38% face às candidaturas registadas em 2019.
Os números foram avançados pela Agência Nacional de Inovação (ANI) que adiantou ainda que este investimento em I&D traduz-se em cerca de 8 mil projetos (mais 24% do que em 2019) com a participação de mais de 1.100 doutorados. Por outro lado, do total do investimento declarado em 2020, cerca de 400 milhões de euros foram investidos em fundos de capital de risco para projetos de I&D.
No total, refere a ANI, as empresas declararam investimentos em I&D de 1.558 milhões de euros (mais 27% face ao ano anterior) e solicitaram um crédito fiscal a rondar os 745 milhões de euros (mais 36% do que no ano anterior).
Em 2020, identificaram-se ainda 680 empresas com atividades de I&D que não tinham submetido candidatura ao SIFIDE em 2019. No computo geral, há um crescimento significativo do investimento declarado em I&D pelas empresas desde 2017, reflexo do aumento do investimento das empresas no desenvolvimento de novos produtos/processos de base tecnológica, bem como do surgimento de fundos de capital de risco em I&D. O crédito atribuído face ao solicitado ronda os 90% desde 2017, refere a ANI.
No ano passado, a região Norte registou o maior número de candidaturas ao SIFIDE, 1.343, o que representou 41% do total. Seguiu-se a Área Metropolitana de Lisboa, com 28%, e o Centro, com 23%. No que concerne ao nível de investimento declarado, o Norte representa 38% do total, com 595 milhões de euros, seguido pela Área Metropolitana de Lisboa (37%), com 576 milhões de euros.
As atividades de informação e comunicação, consultoria técnica, científica e serviços de apoio e comércio por grosso e a retalho ( nos serviços); e produtos e preparações farmacêuticas, equipamento informático, elétrico, eletrónico e de ótica, indústrias alimentares e bebidas e material de transporte (nas indústrias transformadoras), foram os setores com maior volume de candidaturas e de investimento declarado em I&D entre 2015 e 2020.