Opinião

Uma empresa moderna, como reagir a uma crise anunciada?

Liz Silva, presidente da AMA Empresarial

Ouve-se falar numa crise anunciada, depois das eleições legislativas a 6 de outubro de 2019, quer seja na rádio, nos jornais, na televisão, na internet, em conversas de café, entre outros locais. Não vou fazer futurologia, não tenho esse poder, no entanto existem dados macro económicos assustadores…

Hoje em dia, uma empresa moderna não é estabelecida pelo seu produto ou serviço, nem sequer pelo tamanho da empresa, mas sim pela forma como gere os seus recursos internos, bem como se antecipa às oportunidades e às ameaças do mercado.

Isso quer dizer que algumas empresas ditas fortes, podem não ser suficientemente modernas, enquanto uma microempresa pode já estar preparada para males maiores neste mercado “da montanha russa”.

As chamadas empresas modernas, lidam muito melhor com os seus recursos, sabendo otimizá-los para benefício de todos, acontece que normalmente pertencem às empresas classificadas de PMEs. O resultado consegue salientar-se no mercado, diferenciando-se da terrível e adorada concorrência e ficar na mente do seu público-alvo.

A maioria das empresas não consegue vislumbrar se atingem o ponto máximo de vendas, por causa deste mercado do sobe e desce (montanha russa). Podem e devem traçar uma estratégia capaz de alcançar um crescimento de negócio sustentável e metódico.

A maior parte dos empresários, em tempo de crise, normalmente tende a não fazer nada, preferem por vezes estagnar com medo de realizar as devidas alterações para atravessar as crises. Ou então, não sabem como ultrapassar a crise e precisam de consultores exteriores ou interiores, mas com poderes “especiais” para estudar a empresa e conseguir extrair o máximo de todos os colaboradores.

Uma empresa para se tornar moderna tem de deixar de parte as hierarquias verticais, e passar a ter hierarquias horizontais. Valorizar as pessoas, dar valor aos vendedores (são eles que se relacionam com outras pessoas e outras empresas), e contribuindo com ideias (por vezes, já aplicadas noutras empresas) e sugestões, e podem mais cedo ou mais tarde transformá-las em negócios muito rentáveis. Esse vai ser o trabalho do consultor, mudar a posição da empresa e dar mais “poder” às diferentes equipas. Leva algum tempo a mudar mentalidades, mas pode transformar empresas sobreviventes em empresas vencedoras.

É importante ter departamentos com a última tecnologia digital, mas não é o mais importante, porque o toque, a criatividade pessoal é o grande diferencial de qualquer organização pela capacidade de conseguir novas oportunidades de negócio.

Os colaboradores devem vestir a camisola da empresa, defender a marca e levar para todo o lado a cultura da empresa. É de certeza um dos pontos de diferenciação da empresa. Também devem estar em consonância com a direção, proprietários, gerentes, etc.

Uma das novidades nessa cultura é incluir os clientes, usar uma estratégia em que sejam eles próprios os embaixadores da empresa. É meio caminho para o sucesso. As marcas de renome utilizam, e bem, esta estratégia e agora deve ser usada pelas PMEs para alcançar o sucesso.

Existem diferentes estratégias para cada empresa. Prepare-se para o que vêm por aí!

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Liz Silva

Liz Silva

Liz Silva é atualmente presidente da M2UP – Marketing & Business Association. Anteriormente foi presidente da AMA Empresarial – Associação de Marketing e Atitude Empresarial, Diretor do conhecido Projeto “Liz Silva – Alta Performance em Negócios” e Coordenador de dois Cursos de MBA, nomeadamente “How to be a Business Game Changer” e “Global Wine Business” no Politécnico Coimbra Business School. É orador e formador internacional nas variáveis do Marketing. Empreendedor nato, é autor e co-autor de vários livros. É um... Ler Mais..

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