Trabalhar com a realidade virtual é mais stressante e menos produtivo, diz estudo

Um novo estudo revela que trabalhar com a realidade virtual é mais stressante, menos produtivo e gera mais ansiedade do que um trabalho que não incida num ambiente virtual. Além disso, o bem-estar mental após uma semana de trabalho em realidade virtual é reduzido em 20%.
Empresas como a Meta têm dado destaque à ideia de um êxodo digital no mundo do trabalho. Fala-se muito que trabalhar em ambientes virtuais livres de distrações pode ser o futuro. Mas, segundo um estudo recente, trabalhar em realidade virtual não é só stressante e frustrante, como também tem implicações na produtividade.
O estudo “Quantifying the Effects of Working in VR for One Week”, revelado pela NewScientist, analisa a viabilidade de trabalhar a longo prazo num ambiente virtual. Os 16 participantes, todos funcionários ou investigadores de uma universidade, foram convidados a trabalhar neste tipo de ambiente durante uma semana e os resultados não são otimistas.
Os participantes foram desafiados a usar o acesso remoto do Chrome e os óculos de realidade virtual da Meta, os Oculus Quest 2.
O mais impressionante é que, mesmo antes do início dos testes, algumas pessoas tiveram que parar após algumas horas de uso porque sentiram náuseas, enxaqueca e ansiedade.
Os que ficaram trabalharam 8 horas por dia e tinham 45 minutos para descansar e comer. A experiência após a semana do estudo não foi positiva: muitos sentiram que a sua carga média de tarefas aumentou 35%, a frustração disparou em 42% e a ansiedade aumentou 19%.
E o mais preocupante: o bem-estar mental diminuiu 20%. Além disso, a fadiga ocular aumentou 48%, o fluxo de trabalho diminuiu 14% e a produtividade caiu 16%.
A pesquisa deixou claro as “deficiências atuais” da realidade virtual, embora tenha como objetivo identificar oportunidades “para melhorar a experiência de trabalhar em realidade virtual”.