França e Alemanha defendem fundo europeu para start-ups de tecnologia
A França e a Alemanha defendem a existência de uma iniciativa em toda a UE que financie projetos de inovação e a pesquisa de start-ups de tecnologia, para que a Europa possa competir com países como a China e os EUA.
A Europa tem sido vista como um retardatário no desenvolvimento de novas tecnologias em comparação com os EUA, considerados uma forte indústria de venture capital que financia start-ups em Silicon Valley.
A cultura mais avessa ao risco na Europa também tem sido citada como um obstáculo à criação de um “Google europeu”, em parte porque o fracasso pode carregar ainda mais o estigma que já existe em todo o Atlântico.
Neste sentido, Berlim e Paris pediram, através de um documento apresentado aos líderes da União Europeia na Cimeira União Europeia-Balcãs, na semana passada, que o Conselho Europeu da Inovação financie start-ups para que possam inovar e competir com as que saem de Silicon Valley, nos EUA.
Os dois governos sugerem várias reformas em diferentes setores. No documento, alegam que o objetivo é colocar a Europa mais à frente nas tecnologias digitais, conseguindo rivalizar com os EUA e a China.
De acordo com a Reuters, o plano passa por criar uma rede que ajude a trazer inovações nas ciências e abri-la depois para outros interessados, noutros países da Europa. Por outro lado, é ainda recomendada a adoção de iniciativas nacionais que sejam complementadas com outras europeias e que possam trazer valor acrescentado.
A França já prometeu investir 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,3 mil milhões de euros) em Inteligência Artificial até 2022, para combater a fuga de cérebros e competir com gigantes nos EUA e China.
Por sua vez, Berlim e Paris querem que o seu projeto se concentre nos líderes de tecnologia no meio académico, bem como em empreendedores, e que disponibilize financiamento para projetos de tecnologia de alto risco.