Tem 18 anos, é mulher e ensina inteligência artificial à polícia espanhola

Blanca Huergo é estudante na universidade de Oxford e foi convidada para partilhar os seus conhecimentos sobre inteligência artificial na Academia de Polícia de Ávila, Espanha.
A jovem espanhola Blanca Huergo, de apenas 18 anos, estuda matemática e ciências de computação em Oxford, Reino Unido, e este ano foi a “madrinha” do curso anual de segurança cibernética C1b3rWall, na academia de Academia de Polícia de Ávila. Através de uma palestra virtual, a jovem, natural de Oviedo, falou sobre vieses algorítmicos.
“Blanca representa na perfeição o perfil ideal do profissional digital, mestre em disciplinas científicas e técnicas e com uma alta componente de motivação para a autoformação e educação desde muito jovem”, explicou o coordenador do C1b3rWall, o inspetor Casimiro Nevado, citado pelo El País. E, reforçou, “é o perfil preciso para a polícia cibernética do futuro”.
Blanca Huergo está no segundo ano do curso em Oxford, mas passou toda a sua adolescência a fazer cursos de internet. Inclusive competiu nos Jogos Olímpicos Internacionais de Matemáticas. Aliás, o seu interesse por matemática começou muito cedo, por volta dos três anos, altura em que aprendeu a multiplicar. Despertou a atenção quando ingressou no jardim de infância, entre várias razões porque sabia o nome e apelidos de todos os alunos, confidenciou a jovem ao El País.
As suas origens familiares estão ligadas ao Direito (os pais são professores de Direito), mas o que mais a atraia eram as matemáticas. Por isso, quando os pais lhe deram a password do computador passava o tempo a pesquisar sobre o tema na internet e fazia cursos avançados de verão.
Em sete anos, Blanca Huergo fez mais de 50 cursos, de centenas de horas, desde aprendizagem automática e linguagem de programação Python ou R, ciência de dados, algoritmos.
Para as crianças que como ela querem aprender a programar sugere que sejam curiosos para aprender e muito esforço. Ao El País explicou que recebe frequentemente mensagens de pais, de crianças entre os 10 e 12 anos, a dizer que querem que os filhos estudem em Oxford. Mas, sugere Blanca Huergo, isso é começar a casa pelo tecto. “O importante é deixar que os filhos descobrirem o que gostam de fazer”.