Táxis voadores da Uber vão entrar em circulação até 2023
A Uber revelou esta semana o seu protótipo final daquela que poderá ser a primeira rede de táxis voadores do mundo.
Há muito que os filmes de ficção científica utilizam carros voadores para caraterizar sociedades futuristas. E, mais uma vez, conseguiram fazer previsões certas.
Prova disso é a visão da Uber, que pretende criar a primeira rede de transporte aéreo de curtas distâncias dentro das grandes cidades. Depois de ter revelado pela primeira vez este objetivo na Web Summit do ano passado, a start-up norte-americana parece ter feitos grandes avanços na tecnologia.
Enquanto que a The Boring Company de Elon Musk pretende transportar as pessoas por baixo de terra para diminuir o tráfego automóvel, a Uber tem os olhos postos no céu.
O veículo que vai tomar o céu de assalto a partir de 2020 – com testes em Dallas, Texas e Los Angeles -, já tem o protótipo final, denominado Commom Reference Model (modelo de referência comum).
Este táxi voador, desenvolvido em parceria com a NASA, é 100% elétrico, vai ter espaço para cinco pessoas (incluindo o piloto) e capacidade para viajar entre 240 e 480 quilómetros por hora. Um “depósito” dará para viajar quase 100 quilómetros e a Uber espera que sejam precisos apenas cinco minutos para carregar as baterias entre voos. Inicialmente, espera-se que os veículos tenham pilotos, mas que se tornem eventualmente 100% autónomos.
O problema da start-up de mobilidade é que enquanto os carros já existem, os voadores não. Ou seja, para cumprir esta visão, a Uber teve de construir um modelo de referência para convencer os grandes fabricantes a apostarem neste novo design, visto que esta rede só funcionará se houver outras empresas a apostar nela.
Foi com esse mesmo intuito que a empresa reuniu 700 players da indústria, governo e universidades na sua conferência Uber Elevate. O objetivo foi debater e tentar tornar esta visão numa realidade.
A Uber espera poder começar a comercializar esta nova solução num prazo de cinco anos, mas só o conseguirá concretizar se tiver o apoio de possíveis parceiros inseridos na indústria.