O verão instalou-se, confortável, quente, trazendo consigo a promessa de férias e uma pausa bem-merecida. Será que é isso que são as férias: uma pausa?
A primeira vez que li a frase que escolhi para título deste escrito foi em inglês. Planning is guessing, escreveu o Jason Fried em 2017 [1]. Senti-me aliviado. Alguém tinha escrito de forma simples e direta o que sempre sentira sobre planos, orçamentos e exercícios afins. Alívio é a palavra certa.
Quanto vale uma conversa? Não me parece ser uma pergunta que permita uma resposta simples. Para quem insista em simplificar encontrar-se-ão, certa e facilmente, platitudes suficientes para servir de resposta satisfatória.
O fenómeno a que me referirei nas palavras seguintes não é novo. Aliás, lembro-me de, numa fase muito precoce da minha experiência profissional, me aperceber da sua existência e de ter acesas conversas em equipa, há praticamente 20 anos.
No final dos anos 80 do século passado, duas investigadoras[1] colocaram a seguinte hipótese: “as pessoas deprimidas tendem a inferir de forma mais realista do que as pessoas não deprimidas.”
As consultoras Way Beyond e pur’ple uniram o seu conhecimento de mercado e estão a trabalhar juntas. Partilham escritório, mas mantém-se independentes.
Desde 2020 que os temas “regresso ao escritório”, “trabalho remoto”, “trabalho híbrido” preenchem os títulos e os textos de incontáveis artigos. Arrisco dizer que todas as semanas fazem manchetes.
Não sou especialista, nem sequer mediano, no que concerne ao assunto “sustentabilidade”. Entendo na “ótica do utilizador”.
Recorrendo à literalidade, o que fazemos com a nossa atenção não é exatamente igual. Depende da língua que estivermos a usar e em que parte do mundo nos encontrarmos.
Chegou a altura do ano em que se fazem retrospetivas, balanços e revisões. Também costuma ser época de projeções, desejos e resoluções, cuja taxa de concretização é notoriamente baixa, como quase todos sabemos por experiência e, já agora, também por o que a ciência nos demonstrou.
Das ideias que mais retive dos meus tempos de estudante estão as que encontrei e formei a partir da discussão que procura distinguir o que é “normal” do que é “patológico”. É dos tipos de problema que ainda não tem solução cabal, como todos os importantes problemas filosóficos (ou humanos).
Os piores e os mais perversos de nós são os que se vendem e se vendam de uma só vez. Talvez se deixem comprar, precisamente, por não conseguirem ver. As vendas de pouco servem a não ser para prolongar e para garantir o conforto da escuridão.