Start-up de moda canadiana levantou 2 milhões de dólares em investimento através do Zoom

A start-up Blackcart realizou pitch através do Zoom e recebeu investimento da Struck Capital, que liderou a ronda, com a participação de outros fundos como a 500 startups, Revel Partners e a M3 Ventures.

Uma plataforma de comércio eletrónico canadiana chamada Blackcart mostrou que o Zoom serve para muito mais do que apenas fazer reuniões ou ter conversar com os amigos. Isso porque a empresa usou a ferramenta de videoconferências para levantar 2 milhões de dólares (1,8 milhões de euros) junto de fundos de investimento, tendo como objetivo impulsionar o seu negócio.

A start-up, sediada em Vancouver, sentiu necessidade de acelerar o lançamento da sua ferramenta, tendo em conta o encerramento das lojas físicas na América do Norte, por causa da pandemia de Covid-19.

Segundo Donny Ouyang, CEO da Blackcart, “a plataforma seria mantida na versão beta durante alguns meses, mas o coronavírus apareceu. Com isso, enviámos uma mensagem a todos os potenciais investidores para acelerar o processo de captação de recursos para o lançamento. Foram cinco semanas de idas e vindas, centenas de e-mails e cinco ou seis reuniões todos os dias”.

A partir daí, a empresa realizou os pitch através da plataforma Zoom e recebeu financiamento da Struck Capital, que liderou a ronda, com a participação de outros fundos como a 500 startups, Revel Partners e a M3 Ventures.

“Há uma tendência dos retalhistas para se afastarem das lojas físicas, por causa das ineficiências e do custo do aluguer. E a Blackcart chega para abraçar essa macrotendência”, afirmou Adam Struck, sócio da Struck Capital. “É difícil fazer um processo de angariação de fundos completamente remoto, sem a vantagem adicional do bom e velho contato cara a cara. Por isso, fizemos uma quantidade incrível de chamadas via Zoom para trabalhar nessa oportunidade”.

Em entrevista ao site Business Insider, Ouyang admitiu que o processo de captação de recursos e de integração remota de novos funcionários é “estranho”. Mas afirmou que a Blackcart está a contratar ativamente antes de lançar a versão final da sua plataforma nos próximos dias.

Como funciona a Blackcart
A Blackcart chega ao mercado para tentar resolver um problema que atinge a maioria dos retalhistas: ajudar o consumidor a encontrar o produto de vestuário certo para si e a adquiri-lo de forma segura. A maioria dos comerciantes envia o produto e aceita as devoluções gratuitamente das peças. No entanto, o processo de retorno em massa é ineficiente e atinge as margens de lucro dos lojistas. O modelo “Experimente-antes-de-comprar” é uma solução eficiente, mas também está sujeito a fraudes, principalmente com cartões de crédito, explica CEO da Blackcart.

Para tal, a Blackcart contratou um profissional para atacar os sistemas de detecção de fraudes da empresa. Como resultado, a start-up afirma que conseguiu desenvolver “o melhor modelo de proteção de cartões do mercado”.

Neste sentido, a Blackcart desenvolveu um plug-in que pode ser instalado nos sites de ecommerce. Quando os compradores escolhem produtos para experimentarem no seu site e finalizam a compra, a tecnologia da BlackCart verifica o risco de fraude em tempo real antes de fazer o pedido no seu back-end.

Assim como qualquer outro pedido no sistema do ecommerce, os produtos são enviados ao cliente para que possa experimentá-lo em casa. Depois de os clientes decidirem o que comprar, os produtos são cobrados automaticamente.

O plug-in do BlackCart estará disponível para todos os comerciantes no final deste mês. A empresa “alimentou” dezenas de milhares de transações enquanto estava na versão beta – aumentando dramaticamente as vendas online dos retalhistas, de acordo com Ouyang. Atualmente, o Blackcart tem 40 ecommerces inscritos e prevê inscrever outros 50 na altura do lançamento.

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