Quer viajar? Conheça alguns dos melhores lugares para visitar em 2025.

O guia da BBC Travel sobre os melhores lugares para viajar ao longo de 2025, lista um conjunto de destinos, da Austrália até aos Açores, que além do turismo convencional oferecem experiências sustentáveis. Veja alguns exemplos.
Viajar pelo mundo, conhecer novos países, povos e culturas pode ser um momento transformador na vida de um turista pelo enriquecimento pessoal adquirido. Contudo, hoje em dia, e pelo crescimento do turismo à escala mundial – que tem sobrecarregado muitos destinos (com alguns, inclusive, a imporem restrições)-, mais do que receberem visitantes e oferecerem experiências memoráveis, muitos locais apostam cada vez mais em aproveitar os movimentos turísticos como forma de também apoiarem as comunidades locais, apoiar o meio ambiente e até preservar a sua cultura.
Foi com esta dinâmica que a BBC Travel fez um guia com aqueles que considera os melhores destinos para visitar ao longo de 2025, uma compilação que teve a colaboração de jornalistas e de algumas autoridades internacionais como a United Nations World Travel Organization, a Sustainable Travel International, a Black Travel Alliance e o World Travel & Tourism Council.
Escolhemos cinco propostas de locais em que ser turista pode significar também servir um bem maior, ou seja, ajudar a preservar as comunidades, a natureza e a cultura locais.
1. Dominica, Caraíbas
Dominica é uma ilha nas Caraíbas onde os turistas podem nadar ao lado de cachalotes, mas que assume o compromisso de que todo o processo seja feito de forma ética e sustentável, a pensar na conservação marinha e num turismo regenerativo. A ilha recebeu a primeira reserva de cachalotes do mundo, uma área marinha projetada para proteger estes animais. Ao mesmo tempo que facilita a pesquisa e cria oportunidades de turismo sustentável para os moradores locais.
Apesar do número de licenças ser limitado, os visitantes podem usufruir de uma experiência única ao partilhar as águas com esses cetáceos gigantes. Também podem explorar desfiladeiros escondidos, imponentes cascatas e aproveitar a culinária local em restaurantes exclusivos.
O acesso à ilha pode ser feito através de voos da American Airlines a partir de Miami, e este ano a United Airlines vai lançar voos diretos de Newark. O alojamento é diversificado e inclui uma propriedade ecológica de luxo que lidera as listas de sustentabilidade, o Secret Bay. Mais do que um destino turístico, esta ilha adotou um modelo de ecoturismo que equilibra a conservação da biodiversidade com o crescimento económico, garantindo a proteção deste paraíso natural para as gerações futuras.
2. Naoshima, Japão
Conhecida pelas icónicas esculturas de abóbora amarelas e com bolinhas de Yayoi Kusama, a ilha de Naoshima, no Japão, tornou-se um destino para apreciadores de arte e arquitetura contemporâneas. A transformação da ilha (conhecida até há poucos anos pela indústria das fundições de cobre), deve-se, sobretudo, ao Benesse Art Site Naoshima que ajudou a criar grandes museus e obras de arte específicas neste local situado entre as ilhas de Honshu e Shikoku. Para breve está prevista a abertura do Novo Museu de Arte de Naoshima, projetado por Tadao Ando, o premiado arquiteto responsável por outros nove projetos na ilha.
A mostra de obras de artistas asiáticos será o destaque da Trienal de Setouchi, com eventos e revelações de obras de arte espalhadas por 17 ilhas e áreas costeiras do Mar Interior de Seto, na zona Sul do Japão. O festival e as atividades do Benesse Art Site Naoshima foram fundamentais para mudar a vida de Naoshima, assim como para revitalizar as ilhas vizinhas de Teshima e Inujima. Os viajantes poderão ainda visitar as ruínas de uma refinaria de cobre histórica, reimaginada como uma instalação de arte em escala épica. Os alojamentos são impressionantes e incluem o Roka, de estilo contemporâneo em Naoshima, e o minimalista Espoir Inn, em Teshima.
3. Dolomitas, Itália
Se Itália estiver na sua lista de viagens este ano, faça um desvio para o Norte do país até às Montanhas Dolomitas. Para os italianos, esta região de uma beleza agreste, Património Mundial da Humanidade, é sinónimo de diversão em família e férias luxuosas. Os seus deslumbrantes penhascos de calcário espalham-se pelas regiões de Veneto, Trentino-Alto Adige/Südtirol e Friuli-Venezia Giulia, e todos os anos atraem multidões em férias nas suas vilas requintadas. Tal como a incomparável “semana branca” de esqui, as caminhadas e pratos alpinos de classe mundial.
A Cortina d’Ampezzo foi escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026. Os preparativos, que se realizam ao longo deste ano, incluem melhorias nas infraestruturas em toda a região. As cidades de Alta Badia e Val Gardena inaugurarão teleféricos modernizados e conexões melhoradas com o transporte público que opera na região. As Dolomitas são um destino apreciado em todas as estações do ano. Na primavera, verão e outono pode-se desfrutar de trilhas excelentes, como o novo Cammino Retico ou a trilha que liga vilas entre as regiões de Veneto e Trentino. O luxuoso hotel Aman Rosa Alpina, que será reinaugurado este ano, pode ser um alojamento a considerar.
4. Gronelândia
Com mais de dois milhões de quilómetros quadrados, a Gronelândia tem uma população de menos de 57 mil habitantes, é coberta com uma vasta camada de gelo e montanhas sumptuosas, com os seus fiordes majestoso e uma natureza intocada. É um destino imperdível onde, no verão, os viajantes podem fazer caminhadas deslumbrantes ou observar baleias, e, no inverno, fazer passeios tradicionais de trenó puxado por cães ou ver a aurora boreal.
O acesso à Gronelândia ficará facilitado a partir deste ano com a inauguração do novo aeroporto internacional na capital, Nuuk, e mais dois previstos para 2026. Apesar de acolher turistas, a Gronelândia quer que a sua natureza e cultura sejam respeitadas e adotou um compromisso “em direção a um turismo melhor” e uma nova lei que visa direcionar os recursos do turismo para beneficiar as comunidades locais. Nuuk é uma cidade moderna com museus e galerias de arte, mas é também o ponto de partida para caminhadas, pesca e glamping, além de servir como porta de entrada para explorar um território ártico notável.
A Norte, em Ilulissat, os visitantes podem descobrir os icebergs, a Baía de Disko e o Fiorde de Gelo, reconhecido pela Unesco. A Sul, uma região em tempos colonizada por vikings, encontram-se fiordes deslumbrantes e colinas verdejantes.
5. País de Gales
O País de Gales está repleto de parques nacionais e castelos medievais, ainda com poucas multidões de turistas. E este ano tem um novo atrativo já que celebra o ano de Croeso , um evento que dura um ano inteiro e que destaca a cultura, a língua e as atrações galesas, enquanto convida os visitantes a sentir o hwyl, uma palavra intraduzível que descreve um profundo estado de alegria que advém da imersão no momento. Os visitantes também podem fazer a Wales Coast Path, a única trilha de caminhada do mundo que percorre toda a extensão do litoral.
Nos últimos anos, o País de Gales posicionou-se na vanguarda do turismo sustentável e cultural o que contribuiu para o renascimento da língua galesa. Integrado no Year of Croeso, o País de Gales está a investir em bicicletas elétricas para ajudar os mais aventureiros a explorarem a região.
Outras propostas da BBC Travel:
- Western Newfoundland and Labrador, Canadá
- Tucson, Arizona, EUA
- Austrália Ocidental
- Sri Lanka
- Panamá
- Montanhas Rif, Marrocos
- Bradford, Inglaterra
- Jordânia
- Haa Valley, Butão
- Havai, EUA
- Uzbequistão
- Haida Gwaii, Canadá
- Costa Esmeralda, Nicarágua
- Ilha de Man
- Região de Gilgi-Baltistan, no Paquistão
- Açores
- Kansas City, Missouri, EUA
- Bolívia
- Botsuana
- Oslo, Noruega