Portugal volta a ser “o país mais generoso” para apostar em I&D

Portugal é o país que melhores condições fiscais oferece às empresas que apostam em I&D, conclui o estudo da consultora Ayming. Portugal lidera uma lista de 25 países, à frente dos Estados Unidos, Austrália ou França.

A Ayming, grupo de consultoria especializado no financiamento de projetos de inovação e otimização fiscal, acaba de lançar a nova edição do seu estudo anual, o The Benchmark 2023, que compara os diferentes benefícios fiscais à investigação e desenvolvimento (I&D) em 25 países. A edição deste ano inclui, pela primeira vez, a Suíça.

Entre os 25 países analisados, o esquema português SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial volta a ser o mais vantajoso no que diz respeito à generosidade do incentivo, algo que tem sido constante nos últimos anos. O destaque passa pelo aumento desta liderança, uma vez que, segundo dados da Agência Nacional da Inovação (ANI), a generosidade do SIFIDE já anda próxima dos 50%, ou seja, cada euro de despesas em Investigação e Desenvolvimento elegível para o SIFIDE é, em média, financiado em 50% por este mecanismo. O segundo classificado nesta métrica é o regime canadiano, a rondar os 35%.

Relativamente à facilidade de acesso, Portugal continua a ocupar, segundo o The Benchmark 2023, uma posição mediana na tabela, já que o SIFIDE se mantém como um incentivo muito exigente. Este dado reforça a necessidade de conhecer ao pormenor a legislação e a estrutura do mesmo, de forma a que as empresas portuguesas possam maximizar o aproveitamento da generosidade.

Estudo

Fonte: The Benchmark 2023, da Ayming

“É com satisfação que destaco a manutenção da liderança de Portugal no disputado terreno dos apoios à Investigação e Desenvolvimento, quando analisamos o SIFIDE pelo ponto de vista da generosidade do incentivo. Esta liderança já tem sido habitual nos últimos anos, sendo que a tendência é de crescimento da generosidade do SIFIDE, que agora se situa perto dos 50%”, assinala Nuno Tomás, Managing Director da Ayming Portugal, citado em comunicado.

“Além do aumento da generosidade, destaque, ainda, para novidades no SIFIDE em 2023, privilegiando a conceção ecológica de produtos e aumentando o período de dedução do SIFIDE, alteração particularmente relevante em momentos como o que vivemos, em que as empresas poderão não ter resultados que permitam absorver o crédito fiscal decorrente dos projetos de ID realizados”, acrescenta o responsável.

Para este estudo, e como tem sido habitual, o Grupo Ayming comparou os incentivos fiscais à I&D destes 25 países em duas métricas: a generosidade do incentivo e a facilidade de acesso. “Através deste estudo, que pode ser uma ferramenta para quem expandir as suas atividades de I&D internacionalmente, as empresas podem ter uma ideia clara dos benefícios fiscais à I&D nos diferentes países, ajudando-as a tomar decisões informadas sobre onde investir em atividades de I&D, pois o regime fiscal pode ser um fator crucial aquando desta tomada de decisão”, explica a consultora.

O SIFIDE permite às empresas recuperar uma parte do investimento realizado em projetos de I&D, em sede de IRC, com um limite máximo de 82,5%. A atual configuração do SIFIDE está em vigor até 2025, sendo que as candidaturas decorrem até ao próximo dia 31 de maio.

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