Pfizer faz acordo de 8 milhões de dólares com start-up de saúde digital SidekickHealth

A SidekickHealth oferece uma aplicação que incentiva as pessoas a adotarem hábitos mais saudáveis, como comer bem, dormir o suficiente, fazer exercício físico e tomar os medicamentos a horas. Estima-se que o negócio entre a farmacêutica e a start-up esteja avaliado em mais de 8 milhões de dólares.
A Pfizer acaba de fechar um acordo com a SidekickHealth, que desenvolveu uma aplicação móvel para ajudar os pacientes a comer e a dormir melhor e a tomar os seus medicamentos a horas. O acordo está avaliado em mais de 8 milhões de dólares (7 milhões de euros), segundo fonte envolvida na transação e citada pelo Business Insider.
A Pfizer recusou-se a confirmar o valor, mas diz que o seu compromisso financeiro é “escalável”, dependendo do projeto-piloto. O acordo visa ajudar os pacientes com condições inflamatórias, como artrite e doença de Crohn. A Pfizer comercializa o medicamento Xeljanz que é usado para tratar este tipo de doenças.
A maioria das dez principais causas de morte no mundo – incluindo doenças cardíacas, derrames e doenças pulmonares – geralmente pode ser evitada através de alterações no estilo de vida, como a toma de medicamentos conforme prescrição médica e a prática de exercício físico, de acordo com a Organização Mundial da Saúde e os Centros para Controle e Prevenção de Doenças.
Mas o sistema tradicional de saúde nem sempre se preocupa com os hábitos dos pacientes, a menos que eles fiquem gravemente doentes. Somente em 2016, o tratamento de doenças crónicas como obesidade e hipertensão nos Estados Unidos custou mais de um trilião de dólares, de acordo com um relatório do Milken Ins.
A colaboração entre a Pfizer e a SidekickHealth terá início na Finlândia, destinando-se a pacientes com artrite, dermatite atópica e doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerativa e doença de Crohn. No final do ano, a plataforma estará disponível para pacientes na Suécia, Bélgica, Holanda, Irlanda, Suíça e Áustria, segundo a start-up.
A Pfizer adiantou ainda ue os pacientes não terão que pagar pelo uso da plataforma, embora as formas de acesso variem de país para país.
A parceria é o passo final da Pfizer para trabalhar com pacientes e clientes através dos meios digitais, mas transformação já está em andamento há algum tempo. O coronavírus levou a farmacêutica a criar o seu primeiro ensaio clínico “virtual”, usando smartphones para recolher dados de participantes em casa.
A SidekickHealth é uma das empresas de saúde digital, como a Livongo Health e a Omada Health, que estão a ganhar terreno na oferta de um melhor atendimento ao paciente. As ações da Livongo, uma empresa cotada e que se dedica ao tratamento da diabetes, mais que duplicaram desde fevereiro. Em maio, a Omada levantou mais dinheiro para expandir as suas ofertas de fisioterapia on-line e também ajuda pessoas com condições como diabetes e hipertensão.