Negócio do mês: compra na área de recrutamento e venda na alimentação
O mês de novembro foi marcado pela compra da CBTalents, uma start-up portuguesa de recrutamento internacional, pela Novabase Capital. Soubemos ainda que a Imperial voltou ao mercado à procura de novo dono.
Este mês destacamos dois negócios, um que envolve a compra já anunciada de uma start-up portuguesa na área do recrutamento pela Novabase Capital e outro que ainda não está efetivado e que se refere ao principal fabricante nacional de chocolates. A Imperial voltou ao mercado à procura de novo dono e a sua venda deverá ser formalizada no início de 2019.
Novabase Capital compra 13% da start-up de talento CBTalents
Numa altura em que as tecnológicas enfrentam problemas na retenção de profissionais, a Novabase Capital decidiu comprar 13% da CBTalents, uma start-up portuguesa de recrutamento internacional. A aquisição foi feita através do Fundo de Capital de Risco Novabase Capital + Inovação, mas o montante da operação não foi revelado.
A CBTalents atua na área do talento aplicado à tecnologia, nomeadamente através do recrutamento de profissionais de áreas mais difíceis de encontrar no mercado. É o caso da engenharia e programação. Segundo a Novabase Capital, a start-up fundada por Ricardo Nobre “atua no mercado europeu, onde tem clientes em 17 países”. Conta com 20 colaboradores diretos em Lisboa, Porto, Évora, Londres e Berlim e tem mais de uma centena de olheiros, considerados “colaboradores indiretos”.
“Fazemos este investimento com a convicção de que o mercado de trabalho está a mudar e é preciso reinventar a forma como chegamos ao talento e o conseguimos reter a longo prazo, sobretudo no setor das TI”, diz Maria Gil, administradora da Novabase Capital, num comunicado que a empresa acaba de divulgar.
Imperial está de novo à venda
O principal fabricante nacional de chocolates, a empresa Imperial, detentora das marcas Regina, Pintarolas ou Jubileu, está de novo à venda, depois da saída do fundo Vallis. No início de 2019 terá novo dono.
A notícia foi avançada pelo Expresso que refere que “o dossier de venda está entregue ao Haitong Bank e a intenção do Vallis é fechar a operação nos primeiros meses de 2019. Em 2015, a alienação da Imperial gerou para a RAR uma mais valia de 10,2 milhões de euros.
Fundada em 1932, a empresa transferiu-se em 1972 para a RAR, da família Macedo Silva, que impulsionou a sua expansão. Por várias vezes a RAR rejeitou ofertas tentadoras da Nestlé.
O Fundo Vallis Sustainable Investments “está vendedor da participada Imperial porque recebeu no último ano abordagens e sinais de interesse por parte de investidores nacionais e internacionais”, respondeu ao Expresso Eduardo Rocha, fundador e presidente executivo da sociedade gestora.
A trajetória “de sucesso e crescimento despertou interesse desses investidores”, levando o Vallis a organizar a venda. O fundo “está muito satisfeito com o desempenho da empresa”, diz Eduardo Rocha. O processo “está agora na fase inicial”. A saída ao fim de quatro anos “permitirá premiar os nossos investidores que beneficiam do notável crescimento que a empresa demonstrou”.
Investimentos recentes na área fabril, gestão profissional de qualidade e a expansão das marcas nos mercados internacionais são fatores que, segundo Eduardo Rocha, tornam a empresa de Vila do Conde apetitosa para uma gama alargada de candidatos que olham para a Imperial “como um ativo com enorme potencial de crescimento”. A Imperial instalara em 2017 uma terceira base no seu espaço fabril.