Mulheres ocupam 31% dos lugares em boards de empresas globais, aponta Bloomberg

O Gender-Equality Index 2022 (GEI), da Bloomberg, avalia a igualdade de género nas empresas. Este ano envolveu 418 empresas, de 45 países.

A Bloomberg divulgou esta semana o seu relatório anual o Gender-Equality Index (GEI), um estudo que nesta edição teve por base entrevistas a 418 companhias, de 45 países e regiões. Medir a igualdade de género nas empresas e conferir transparência às práticas e políticas relacionadas com o género em empresas de capital aberto em todo o mundo, e ao mesmo tempo aumentar a amplitude e a profundidade dos dados ambientais, sociais e de governança (ESG) disponíveis para os investidores, são objetivos que este Index pretende alcançar.

O Gender-Equality Index centra-se em cinco pilares base, a saber: liderança feminina e pipeline de talentos, igualdade salarial e paridade de remuneração entre géneros, cultura inclusiva, políticas contra assédio sexual e marca pró-mulher. As empresas participantes respondem a uma lista detalhada de perguntas sobre cada uma destas áreas.

Uma das conclusões que se destacou nesta análise da Bloomberg foi, por um lado, o facto de nas companhias 31% das lideranças nos conselhos administração serem do sexo feminino e, por outro, 39% dos cargos com responsabilidade direta na criação de receitas serem ocupados por mulheres.

Outro dos resultados a que o estudo chegou tem a ver também com o aumento de 20% no número de participantes que revelaram dados de género comparativamente à primeira edição do índice, em 2021, uma realidade que para os responsáveis o estudo denota mais maturidade sobre as temáticas em análise.

A par disso, 72% das empresas participantes têm uma direção com diversidade e cerca de 61% exige uma lista de candidatos com diversidade de género na disputa por cargos de gestão.

A pesquisa também comparou as empresas participantes no Gender-Equality Index com não participantes e constatou que as participantes contratam mais mulheres. 83% dessas empresas têm uma estratégia direta para contratar pessoas do sexo feminino e 66% realizam análises abrangentes de remuneração por género. Acresce ainda o facto destas empresas serem mais propensas a adotar políticas voltadas para a família e para as comunidades. 75% têm salas de lactação nas suas instalações e 59% oferecem subsídios para creches ou outras ajudas financeiras. Além disso, 63% patrocinam programas de educação financeira para mulheres e 65% têm programas dedicados à educação de mulheres em STEM.

A propósito desta análise, Peter Grauer, presidente da Bloomberg, salientou que “as mudanças no trabalho devido à pandemia destacaram a importância de abordar questões de igualdade de género na força de trabalho global. O índice reconhece as empresas que concentram esforços para oferecer um ambiente de trabalho inclusivo que apoia as necessidades cada vez maiores dos funcionários”.

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