Jovem brasileira funda projeto Meninas Negras e partilha experiência de empoderamento feminino

A brasileira Isabelle Christina tem apenas 18 anos, fundou o projeto Meninas Negras e partilha a sua experiência de como se pode ser protagonista da sua própria carreira.

Foi durante um evento da Oracle que a jovem Isabelle Christina, agora com 18 anos, partilhou a sua história como fundadora, conjuntamente com a mãe, do projeto Meninas Negras em 2017, organização social que luta contra as desigualdades raciais e de género e visa o empoderamento feminino. Foi criada com o objetivo de, através da tecnologia, transformar a realidade das jovens negras e ajudá-las a desenvolverem-se e a serem protagonistas das suas próprias histórias e a tornarem-se mulheres líderes e cidadãs globais. Um projeto que caminha para se formalizar como uma ONG.

Defensora da ideia de que criamos o nosso propósito, a jovem brasileira, que cresceu na periferia da cidade de São Paulo, também é embaixadora do programa “1 Milhão de Oportunidades” da Unicef, jovem transformadora da Ashoka, rede global de empreendedorismo social, e analista de negócios na área da diversidade na Oracle,

Um percurso que começou na adolescência
Foi aos 13 anos que esta jovem criada num ambiente em que lutava por acesso a educação de qualidade, percebeu o quanto era difícil para muitas jovens negras terem a mesma oportunidade que ela, que ainda assim inspirada pelo amor da mãe por livros e conhecimento, aprendeu inglês sozinha, através de livros e da internet. Boa aluna, conquistou uma bolsa de estudo para uma escola de elite de São Paulo. Criou um blog para discutir e falar sobre injustiças sociais, e aos 14 anos lançou a organização Projeto Meninas Negras

A sua determinação para aprender mostrou-lhe o poder da tecnologia na transformação social, especialmente para outras mulheres negras, jovens e de baixa renda. Hoje Isabelle Christina está no segundo ano do curso de engenharia de computação, área com que teve o primeiro contato numa visita à Oracle. Percebeu que existem muitas formas de ter impacto social e uma delas era trazer outras meninas negras da periferia de São Paulo para o mundo da tecnologia.

Conjuntamente com a mãe, sua aliada e mentora no projeto, lidera a organização com a orientação de 10 educadores. O projeto é apoiado por empresas internacionais como Oracle, IBM e Facebook.

Nos próximos três anos, a jovem Isabelle espera alcançar mais de 300 jovens mulheres e quer fazer com que a sua organização preencha as lacunas na educação entre as raças e os géneros, ao mesmo tempo que aumenta a representação das jovens negras no ensino superior e nas empresas. Atualmente partilha a sua experiência em eventos internacionais sobre inovação.

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