Incubadora ou aceleradora? Qual deve escolher para o seu projeto.

O que deve escolher para melhor desenvolver a sua start-up? Uma incubadora ou uma aceleradora? Fique a conhecer os prós e os contras de cada uma.

Provavelmente já ouviu falar de incubadoras ou aceleradoras. Nos últimos anos tornaram-se palavras-chave no universo das start-ups. Contudo, para um empreendedor com um projeto em fase inicial pode não ser claro a qual dos apoios recorrer. Por este motivo, a Silicon Canals, uma publicação holandesa, identificou as principais diferenças entre os dois.

À pergunta “qual das duas devo escolher?”, a resposta é: tudo depende da intenção dos fundadores. Se por um lado as incubadoras ajudam as equipas a desenvolver o projeto através de uma variedade de serviços, como o acesso a tecnologia, instalações, apoio jurídico, mentoria e, em alguns casos, capital, por outro, as aceleradoras dão acesso a um programa com um tempo predefinido que ajuda os fundadores a prepararem o projeto para levantar capital – sendo frequentemente a primeira ronda.

Participação na empresa

Na prática, existem quatro diferenças principais, começando pela participação na empresa: enquanto é pouco frequente as incubadoras ficarem com parte da participação de uma start-up, este tipo de iniciativas já é mais regular nas aceleradoras. Isto porque, normalmente, as incubadoras pertencem ao Estado, que prefere apostar na inovação a longo-prazo, na evolução tecnológica e no desenvolvimento económico local.
Já as aceleradoras podem exigir entre 2% e 10% de participação pela entrada de uma start-up num programa, de forma a que, caso o projeto seja bem-sucedido, ganhem com a venda desta percentagem. No entanto, em oposição à incubação, a entrada num programa de aceleração é mais seletiva, tendo em consideração que, tal como uma firma de capital de risco, os responsáveis da aceleradora querem diversificar o portefólio com empresas com potencial em diversas áreas.

Tempo de “estadia”

A acrescentar à participação, os empreendedores devem ter em consideração o tempo de estadia. Ao entrar numa incubadora, os empreendedores podem ficar nas instalações durante alguns anos – além do contínuo acesso que é dado à rede alumni. Já as aceleradoras têm um período fixo, que pode oscilar entre três a seis meses, consoante o programa em causa.

Tipo de investidores por trás de cada uma

O tipo de investidores que apoia cada um dos programas também importa na tomada de decisão, porque, tal como referido, a maioria das incubadoras pertence ao Estado, que não pretende reaver dinheiro diretamente com este tipo de apoios, e as aceleradoras a investidores privados, o que se traduz numa atuação com fins lucrativos.

Instalações e tecnologia

Saliente-se igualmente que as incubadoras dão acesso a instalações e tecnologia específicas para cada área de negócio, o que é especialmente importante para projetos de setores que necessitem de tecnologia especializada como é o caso de healthtech. Isto não acontece com as aceleradoras que só costumam dar acesso a instalações e que partem do princípio que os empreendedores já estão numa fase mais avançada e à procura de capital.

Resumindo, as incubadoras destinam-se a start-ups em fases embrionárias que ainda não têm um produto pronto para levar ao mercado e que necessitam do apoio dos serviços e das instalações disponibilizadas. Já as aceleradoras destinam-se a empreendedores que já se lançaram – ou estão prontos para se lançar – e que necessitam de apoio para se prepararem para fechar uma ronda de investimento.

Ainda com dúvidas? Leia “10 razões para se juntar a uma aceleradora” ou “A prova do possível impacto económico das incubadoras“. Confira, ainda, o mapa de incubadoras e aceleradoras em Portugal.

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