Há uma plataforma que quer combater o desperdício do pescado em Portugal

“Fish Matter, da cabeça à cauda” quer ajudar as empresas a identificar novas oportunidades de negócio, aproveitando as partes do peixe que são descartadas. O projeto é liderado pelo Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E).

O projeto “Fish Matter, da cabeça à cauda”, liderado pelo B2E – CoLAB para a Bioeconomia Azul, promete transformar a gestão de partes do pescado e outros organismos marinhos habitualmente descartados. Este projeto visa criar uma plataforma inteligente de valorização de coprodutos da bioeconomia azul, utilizando algoritmos avançados de matchmaking para ligar geradores de coprodutos, transformadores e tecnologias de valorização.

“O Fish Matter é uma resposta direta ao desaproveitamento de algumas matérias-primas e à urgência em estabelecer processos inovadores e sustentáveis de economia circular”, explica Maria Coelho, coordenadora do B2E CoLAB.

“O projeto pretende ter um impacto significativo na economia e na sociedade portuguesa, reforçando o compromisso de Portugal com a sustentabilidade e posicionando o país na valorização inovadora de recursos marinhos”, acrescenta a responsável.

A plataforma será desenvolvida para auxiliar empresas e outros stakeholders a identificar novas oportunidades de negócio e estabelecer parcerias estratégicas. Ao conectar geradores, indústrias de processamento, fornecedores de tecnologia e redes de colaboração científicas, a Fish Matter – Plataforma Inteligente de Valorização de Coprodutos da Bioeconomia Azul promoverá a criação de produtos de alto valor a partir de recursos subutilizados, como cabeças, vísceras, peles e conchas.

Os objetivos do projeto incluem aprofundar o conhecimento sobre os coprodutos gerados no setor da bioeconomia azul, identificar tecnologias para o aproveitamento destes recursos e encontrar oportunidades de valorização em novas cadeias de valor nos segmentos biomédico, cosmético, nutracêutico, químico e alimentar.

O Fish Matter está a ser desenvolvido em colaboração com o CIIMAR, o IPMA, o ISEP, a Universidade de Aveiro e a Universidade do Minho, no âmbito do Pacto da Bioeconomia Azul (PBA), Agenda Mobilizadora financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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