Três erros crassos praticados por empreendedores pouco experientes
Se agir de forma a não praticar estes três erros pode estar a aumentar a taxa de sucesso e longevidade do seu projeto.
Ninguém está livre de cometer erros, por mais experiência que tenha na sua área de atuação. Isto é especialmente comum no percurso dos empreendedores, visto que muitas vezes iniciam um negócio numa área em que não se sentem totalmente confortáveis. Grande parte começa a cometer erros mesmo antes de arrancar com o negócio.
Isto, segundo o que Dillon Kivo, CEO e fundador da MentionWorth, refere no Entrepreneur, não acontece por falta de inteligência ou de experiência, mas sim porque os empreendedores não veem estes simples erros como problemas, o que faz com que não invistam recursos para resolvê-los até estes começaram, realmente, a afetar a empresa.
A superficialidade é um dos pontos tocados por Kivo. Num mundo em que a superficialidade impera, não olhar para os detalhes, passar mensagens vazias ou não se focar na satisfação dos clientes, pode ser um preço mais elevado do que as empresas estão dispostas a pagar. O foco dos empreendedores pouco experientes passa mais por “construir e vender rápido” do que propriamente por ter um serviço/produto de qualidade.
A obsessão não devia passar por fazer o negócio crescer rápido, mas sim por satisfazer os clientes. “Só há um chefe: o cliente. E ele pode despedir todos os colaboradores de uma empresa, do presidente para baixo, simplesmente ao começar a gastar o seu dinheiro noutro sítio.” Esta frase de Sam Walton retrata a importância de reter e conseguir criar valor no dia-a-dia do nosso potencial público-alvo. Para além disto, é fundamental que tenha atenção ao detalhe – ou que passe esta ideia à equipa responsável por encaminhar os pedidos.
Outro aspeto fundamental para bater a superficialidade é estar constantemente a adquirir conhecimento, de forma a manter-se sempre a par dos novos métodos de satisfação dos clientes e de como criar mais valor nas suas interações.
Os novos ensinamentos adquiridos vão trazer-lhe novas ideias, mas é importante que tente avançar um passo de cada vez. Em vez de tentar implementar todos os planos simultaneamente, foque-se num e só avance quando considerar que o trabalho que se propôs fazer está totalmente executado.
O segundo erro apontado por Kivo é o foco. Os empreendedores pouco experientes tendem a implementar múltiplas ideias ao mesmo tempo, dando acesso a mais produtos e serviços, mas não entendem que esta expansão pode custar-lhes a credibilidade. Isto acontece porque em vez de explorarem novas formas de melhorar o que já existe, tentam criar valor ao oferecer algo novo, o que pode dificultar a criação da imagem de especialista junto dos seus clientes.
Como diz o conhecido ditado popular, “mais vale um pássaro na mão do que dois a voar”, o que, neste contexto, reflete a ideia de que mais vale tentar fidelizar um cliente através de um produto/serviço especializado do que tentar agradar a dois com uma panóplia de ofertas pouco exploradas.
Associado ao item foco está o ignorar os pequenos erros. Um link na página de Facebook que não funciona, erros ortográficos ou uma crítica negativa ao serviço: são tudo pequenos erros. Mas será isto uma razão lógica – ou desculpa – para continuar a praticá-los? A realidade é que estes pequenos enganos podem custar-lhe caro. O link que não funciona pode fazer com que o seu serviço/produto pareça falso; os erros ortográficos podem mostrar falta de cuidado com a sua marca; e a crítica negativa pode tirar-lhe a credibilidade ou criar uma barreira para a angariação de novos clientes. Por esta razão, Kivo recomenda que não ignore estas pequenas falhas, visto que, mais tarde ou mais cedo, estas podem crescer e assumir uma dimensão e danos inesperados.
Todos os empreendedores – desde os aspirantes aos que têm décadas de experiência – cometem erros, mas se prender a não ser superficial, a ter foco e a não negligenciar as pequenas coisas pode aumentar a taxa de sobrevivência do seu próximo, ou atual, projeto.