Empresas espanholas de capital privado valorizam diversidade de género, mas não colocam conceito em prática

60% das empresas espanholas de capital privado (private equity e venture capital) consideram a diversidade de género importante, mas a presença feminina não chega a um terço: apenas 32% da sua força de trabalho são mulheres, revela estudo.

Seis em cada 10 das empresas de capital de risco espanholas consideram a diversidade uma prioridade e recomendam-na às suas investidas, mas muitas admitem dificuldades a recrutar talento feminino, segundo um estudo realizado pela ASCRI (Associação Espanhola de Capital, Crescimento e Investimento), em conjunto com a Esade, a Boyden e a Atrevia, a 50 empresas espanholas de capital privado (private equity e venture capital).

Segundo o estudo, nas empresas espanholas de capital privado apenas um terço são mulheres, correspondendo a 32%, apesar da maioria (60%) valorizar a diversidade de género como algo importante.

Estudo O papel da mulher no setor de Capital Privado em Espanha

Enquanto 60% consideram que nos órgãos de gestão “deve haver uma proporção equilibrada de homens e mulheres para garantir que é um órgão diverso e capaz de atrair os melhores talentos”, 35% defende que “a diversidade de género não deve ser critério de seleção de executivos ou diretores”.

As dificuldades em enfrentar os desafios de diversidade também são transferidas para as empresas investidas. 53% dizem que a diversidade de género é “uma questão relevante” nas suas empresas e 18% dizem que recebem “orientações no sentido de promover a diversidade de género”.

Apenas 21% das empresas espanholas de capital privado consideram que as suas investidas cumprem as recomendações sobre diversidade de género nos seus conselhos de administração e 58% acreditam que terão que ser feitos “avanços mais rápidos” nesta área, destaca o estudo.

Para 31% dos gestores “não é fácil encontrar candidatos” para o perfil procurado e 4% apontam que o setor é “pouco atrativo pela sua elevada procura, disponibilidade e dificuldades de conciliação”.

Entre os problemas apresentados no estudo para atrair talentos femininos para o setor de capital privado em Espanha estão a dificuldade de equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, a pouca presença feminina entre os candidatos porque geralmente são recrutados em áreas como bancos de investimento ou consultoras estratégicas e a inexistências de políticas que promovam a diversidade nos modelos de gestão das empresas.

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