Como estão as suas competências de liderança?

Se responder “sim” a qualquer uma das três questões que se seguem, então as suas capacidades de liderança são muito melhores que as da maioria dos gestores.

Já trabalhou com um líder tão inspirador e talentoso que a ainda hoje recorda a forma como ele cuidou da equipa? Provavelmente, a razão pela qual ainda fala desse líder deve-se à forma como ele ou ela o fez sentir. A liderança é uma questão de cabeça e de coração, é sobre resultados e relações, destaca o especialista Marcel Schwantes numa análise publicada na Inc.com. Por isso, alerta este profissional, se se encontra num cargo de liderança ou aspira a ocupar um, o percurso em direção à grandeza enquanto líder nunca termina. E, na maioria das vezes, o início dessa caminhada requer respostas para perguntas difíceis que o candidato a líder deve fazer a si próprio. Eis as três questões essenciais:

1 – É acessível?
Antes de assumir que está apto a liderar, esta é uma pergunta importante porque se vai liderar, precisa de ser acessível. Caso contrário, pode prejudicar a sua liderança de várias maneiras: os funcionários podem estar menos dispostos a partilhar informação por terem receio de ser alvo de reprovação; os membros da sua equipa podem não se sentir ligados a si; a sua equipa pode ter receio de se apropriar do trabalho realizado e só vai procurá-lo para ter respostas.

Ser acessível significa promover uma cultura em que os funcionários sintam lealdade e tenham um senso de propósito.

Como ser mais acessível:
– Tenha uma política de portas abertas.
– Partilhe informação.
– Promova conversas não relacionadas com o trabalho.
– Seja humano e mostre o seu sentido de humor.
– Participe em atividades de voluntariado ou de desenvolvimento profissional com os colaboradores.
– Seja um defensor dos seus funcionários quando estes enfrentam desafios – pessoais ou profissionais.

2 – Fomenta um ambiente em que as pessoas são psicologicamente seguras?
A pesquisa sobre liberdade e segurança psicológica de Amy Edmondson, de Harvard, indica que, quando os líderes potenciam uma “cultura de segurança”  – em que os funcionários têm liberdade para falar, experimentar, dar feedback ou pedir ajuda – , há melhores resultados de desempenho e aprendizagem.

Quando a segurança psicológica está ausente, o medo está presente. E o medo é prejudicial quando se trata de alcançar todo o potencial de uma empresa.  Dificilmente conseguiremos envolver-nos ou ser inovadores quando há medo já que este pode “matar” a confiança.

Como gerar uma maior segurança psicológica:
– Crie um vínculo com os funcionários e lembre-os do que valem.
– Elogie-os o desempenho com exemplos específicos de reforço positivo.
– Mantenha as pessoas informadas sobre os próximos planos e projetos, prazos ou quaisquer mudanças que estejam a ocorrer, sejam boas ou más.
– Dê aos seus colaboradores uma sensação de segurança.

Quando surgirem problemas difíceis, resolva-os imediatamente, reunindo-se pessoalmente com a equipa (se possível, fisicamente), ou envie um email para definir as expetativas dos colaboradores. Foque-se sempre no lado da esperança, da força, da perseverança e da compaixão. O seu trabalho como líder é fazer o que for necessário para atender às necessidades das pessoas – ao demonstrar que as valoriza não apenas como funcionários, mas como seres humanos. Por fim, não deixe ninguém pendurado pelo seu silêncio.

3 – Está a liderar com integridade?
É muito simples: os colaboradores estão a observar todos os seus movimentos enquanto líder. Se está a agir de modo pouco profissional ou anti-ético, eles sabem. E se isso acontece deixa de ser respeitado.

À medida que aprende e se adapta a todos os aspetos da sua integridade, vai chegar a um ponto em que é mais fácil desenvolver confiança, reparar uma relação após um conflito, ouvir com empatia, ou dar feedback crítico para formar alguém.

Como liderar com mais integridade:
– Lidere pelo exemplo, seja confiável e credível, fale a verdade.
– Eleve a fasquia e responsabilize-se por um padrão elevado.
– Cumpra as suas promessas ou compromissos.
– Faça “o que é certo”.
– Seja fiel a si mesmo, em vez de querer ser alguém que não é.

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