Se a cultura woke realmente sonha com um mundo mais justo e inclusivo, é essencial que esteja aberta ao diálogo e à crítica, sem recorrer à censura ou ao ostracismo como principais ferramentas de combate às divergências.
O artigo “Geração propósito: jovens inspirados ou à beira da fragilidade?” levantou uma discussão polémica, mas necessária, sobre a obsessão contemporânea (?) com a busca de sentido da vida profissional. No entanto, e para compreender mais a fundo este fenómeno, é essencial considerar as mudanças estruturais que moldaram - ou, melhor escrito, estão a moldar - os jovens de hoje.
Nos últimos anos, tem-se falado muito sobre como os jovens em Portugal que estão a entrar no mercado laboral procuram algo mais do que um simples trabalho. Eles querem um “propósito”, algo que dê significado às suas vidas. Até aqui, nada de errado. Quem não quer que a sua vida tenha significado?
A humildade intelectual é coisa rara, sobretudo entre aqueles que vivem do mediatismo. Ela é uma espécie de bom senso, que nos avisa quando estamos a entrar em certezas demasiado absolutas. Mas são poucos os que a sabem escutar, optando por transformar o mundo num lugar repleto de “donos da verdade”.
Vimos no mais recente Euro 2024 muitos portugueses assistirem aos jogos da nossa Seleção. Deu-me vontade de vos falar sobre os emigrantes “tugas”. E, embora haja opiniões à esquerda e à direita, convenhamos… a maioria das pessoas não sabe o que é ser emigrante.
É fácil confundir ego com confiança. Mas, na verdade, são coisas bem distintas. A forma como gerimos essa diferença é que nos torna destinados ao sucesso, ou condenados ao fracasso.
Às vezes damo-nos conta demasiado tarde o quão é importante saber “dar e receber”. Foi o meu caso. Mas aprendi também, que não existe “demasiado tarde”.
Já se apercebeu que hoje, o facto de vivermos numa sociedade cada vez mais caracterizada pela superficialidade, o poder da autenticidade sobressai ainda mais? Pois a mim, isto acontece-me. E muito.