CEO preocupados em atrair e reter talento em 2024
O que vai estar no topo da agenda dos CEO em 2024? Novo inquérito da LLYC revela os oito pontos chave a estar atento.
Cerca de 75% dos CEO assegura que atrair e reter talento é a questão que mais os preocupa nos próximos meses, embora apenas 3 em cada 10 acreditem que a sua empresa está bem preparada para enfrentar este desafio. A resiliência empresarial (73%), o foco no cliente (69%), a transformação digital/IA (66%) ou o impacto da geopolítica no contexto económico (60%) representam as suas outras grandes preocupações.
Estas são algumas das conclusões do novo Forecast Corporate Affairs 2024 “Ativismo corporativo para um ano difícil”, elaborado pela LLYC a partir de dois inquéritos realizados a quadros superiores de Espanha e da América Latina. Foi também analisada a conversação digital de mais de 300 executivos de 11 países e foram consultados até 40 relatórios de tendências, elaborados por algumas das principais empresas mundiais.
Conheça as tendências que irão marcar a atividade das empresas em 2024, segundo LLYC:
- A geopolítica convertida em tendência geoeconómica: As consequências económicas de conflitos como os da Ucrânia e de Gaza, entre outros, ou o calendário eleitoral com as atenções voltadas para os EUA, fazem com que os executivos das empresas sintam que 2024 será um período de fragilidade que terá grande peso nos lucros. 75% dos executivos acredita que a subida dos preços afectará negativamente as suas margens de lucro e as vendas. 59% afirma que a situação política pode ter um elevado impacto na sua actividade e 58% afirma que a hiper-regulamentação terá consequências na sua actividade comercial. A maioria alerta igualmente para as dificuldades de financiamento dos seus investimentos.
- A inteligência artificial (IA) estará presente em tudo: A IA terá um impacto disruptivo e afectará a automatização de processos, a análise de dados, o recrutamento e a tomada de decisões estratégicas. Consequentemente, quase 100% dos executivos inquiridos considera importante que a sua empresa se concentre nas ameaças da cibercriminalidade. 7 em cada 10 acredita que a IA generativa será uma ferramenta fundamental para a automatização e 6 em cada 10 acredita que será uma ferramenta fundamental para a eficiência dos processos.
- Gerir a polarização: A polarização causa instabilidade política e afeta o contexto empresarial. Apesar do risco que representa, não é a principal preocupação e pouco mais de 50% dos quadros superiores inquiridos acreditam que a polarização será muito importante em 2024.
- O novo compromisso na área de talento: A luta para atrair e reter talento é a principal prioridade dos CEO e existem três pontos-chave para melhorar a situação: melhorar os modelos de trabalho flexível, reforçar a comunicação interna e desenvolver e implementar programas de upskilling.
- Empoderar o cliente: Três em cada quatro inquiridos consideram o foco no cliente como uma prioridade, sendo o terceiro aspecto mais relevante. 63% dos executivos sente-se muito preparado para este desafio, enquanto 37% vê margem para melhorias. A chave para o fazer passa por ter um melhor conhecimento do consumidor, a fim de lhe oferecer uma óptima experiência ao longo de todo o customer journey.
- A urgência climática: As empresas foram confrontadas com um volume sem precedentes de nova regulamentação ambiental. 52% dos inquiridos considera que as empresas líderes do seu sector estão apenas moderadamente preparadas para lidar com este problema. Apenas 1 em cada 3 dos inquiridos considera estar muito adequadamente preparado para o desafio das alterações climáticas em 2024.
- Resiliência para a sobrevivência empresarial: As projecções de crescimento económico para 2024 são fracas. 95% dos quadros superiores acredita que a resiliência empresarial é um dos desafios que as empresas enfrentarão este ano e 63% acredita que a sua empresa está bem preparada para o que quer que este ano nos traga.
- O CEO ativista: a presença digital dos CEO analisados num inquérito específico tem um impacto claramente favorável na reputação das empresas que representam. No entanto, os quadros superiores não estão a aproveitar ao máximo o potencial oferecido pelas redes sociais e ainda há muita margem para melhorias nesta área.