Opinião
O carácter disruptivo do Projeto da Autonomia e da Flexibilidade Curricular

A Educação em Portugal tem sido palco de grandes mudanças que tiveram a sua génese no Programa do XXI Governo Constitucional com o Projeto da Autonomia e da Flexibilidade Curricular[1][2].
A Educação tem sido uma das nossas preocupações[3] [4] pois acreditamos que o seu papel é vital para a consolidação da democracia e do estado de direito. Assim, este Projeto, a ser implementado no ensino básico e secundário, afigura-se duma importância extrema para o futuro das cidadãs e dos cidadãos portugueses.
Do perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória[5], passando pelas aprendizagens essenciais[6] e pela Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania[7], tudo está previsto e estatuído nos diferentes Programas e no Ordenamento Jurídico Português.
No entanto, para alcançarmos o sucesso na implementação e consolidação deste Projeto é necessário que suceda aquilo que Benjamim Franklin dizia “Tell me and I Forget. Teach me and I may remembre, involve me and I learn”. Ou seja, sem professores motivados não haverá a alteração necessária no processo de transmissão das aprendizagens.
Aliás, a grande revolução inscrita neste Projeto é o seu carácter disruptivo pois a Comunidade Educativa tem que ser necessariamente uma Comunidade Colaborativa e tem que estar dedicada aos Alunos e focada no seu Sucesso. Isso mesmo está patente na forma com a Avaliação Externa das Aprendizagens está construída em que está subjacente o êxito na consolidação das Aprendizagens Essenciais.
Olhar para a escola hoje implica uma nova visão para a sala de aula [8], novos manuais escolares [9], a ênfase na aliança com as famílias [10], a dinamização das associações de estudantes, de pais e a dos conselhos consultivos onde devem caber todos os agentes que contribuam efetivamente para a comunidade colaborativa.
O Projeto da Autonomia e da Flexibilidade Curricular ao ser apresentado pelo Governo como estando a ser realizado num regime de experiência pedagógica permite que a disrupção seja condição sine qua non para o sucesso.
Pela primeira vez em Portugal, o ensino não superior está a ter que lidar com o sucesso duma forma holística. Isto porque, a essência da comunidade colaborativa pressupõe que todos são aliados e que não há derrotados. O paradigma está a ser mudado e essa é, e será, a maior vitória do carácter disruptivo do Projeto da Autonomia e da Flexibilidade Curricular!
[accordions]
[accordion title=”Referências” load=”hide”][1]
http://www.dge.mec.pt/autonomia-e-flexibilidade-curricular
[2]
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/despacho_5908_2017.pdf
[3]
http://test.linktoleaders.com/escola-global-empreender-na-globalizacao/
[4]
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/teresa-damasio/detalhe/a-autonomia-e-flexibilidade-curricular-e-a-declaracao-de-bolonha—ensino-superior-versus-ensino-nao-superior
[5]
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf
[6]
http://www.dge.mec.pt/aprendizagens-essenciais
[7]
http://www.dge.mec.pt/estrategia-nacional-de-educacao-para-cidadania
[8] Sala de aula invertida
[9] Os manuais escolares digitais passarão a ser o denominador comum oferendo igualmente aos autores e às editoras a grande oportunidade de reformarem por completo as suas estratégicas didácticas e pedagógicas.
[10] A Referência ao encarregado de educação tem que se alargar para o pai, mãe e restantes elementos do agregado familiar que seja importante para o aluno.[/accordion]
[/accordions]