A BMW e a NASA renderam-se a esta start-up de inteligência artificial

Os programadores seniores de grandes empresas como o Spotify ou a King, dona do Candy Crush, deixaram os seus empregos para começarem a trabalhar nesta start-up que torna a inteligência artificial simples de utilizar. Chama-se Peltarion e é sueca.

Numa altura em que a recolha e análise de dados é fulcral para melhorar o funcionamento das empresas, são inúmeros os líderes que pretendem utilizar a inteligência artificial para este fim.

O grande problema desta tecnologia é conseguir encontrar/pagar engenheiros que sejam capazes de lidar com a complexa linguagem. Uma start-up da Suécia diz ter encontrado a solução para esta dificuldade.

Intitulada Peltarion, esta start-up afirma que faz pela inteligência artificial o mesmo que o WordPress faz pelas pessoas que criam um site, mas que não sabem programar em HTML.

Numa altura em que é cada vez mais difícil atrair talento para as empresas, a Peltarion conseguiu atrair engenheiros experientes que trabalhavam em empresas como o Spotify, Candy Crush, Klarna e TrueCaller.
Luka Crnkovic-Friis, CEO do projeto, explicou à Forbes que, no que toca a atrair talento, não há ninguém comparável.

Além dessa faceta, a Peltarion também é capaz de atrair investidores. Desde 2016, a start-up conseguiu recolher quase 14 milhões de euros e conta com gigantes como a NASA e a BMW, e 13 outras organizações, entre os subscritores piloto. No total, há cerca de 800 interessados em fila de espera.

À revista norte-americana Forbes, Crnkovic-Friis refere que as grandes empresas já tentaram usar ferramentas da Google, da Amazon ou da Microsoft para implementarem machine learning, mas que estas são “supercomplexas” e que só um especialista em inteligência artificial é capaz de as usar.

Abordando o assunto de uma forma mais descomplicada, a Peltarion apresenta uma interface gráfica que permite construir e treinar uma rede neural – um sistema informático que é inspirado na estrutura do cérebro humano – de forma mais simples. Crnkovic-Friis afirma que um software developer júnior ou um data scientist são capazes de utilizar a plataforma facilmente.

Assim que os utilizadores construírem a rede neural, que é normalmente utilizada para encontrar padrões em grandes quantidades de informação, podem facilmente integrá-la no código por trás de um site ou de uma app.

Dois bons exemplos de como as empresas estão a usar as ferramentas são uma start-up de biotech, que constrói equipamento de ressonâncias magnéticas e que através da solução da Peltarion conseguiu criar uma rede neural que deteta e classifica tumores em frações de segundos, e uma empresa de produção de media, que construiu um sistema de classificação de imagens para recomendar música consoante o humor das pessoas.

A Peltarion foi criada em 2004 e, até há pouco tempo, foi uma “aventura” levada a cabo por duas pessoas: os  dois cofundadores que implementavam projetos de inteligência artificial junto de empresas clientes. Nos últimos dois anos, depois da criação da plataforma, a empresa cresceu para 50 funcionários, onde se incluem engenheiros de grandes empresas tecnológicas.

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