BIOS, a start-up que promete diminuir o CO2

É uma start-up de desenvolvimento de tecnologia de baixo carbono que pretende recorrer a uma agricultura ambiental controlada. Vai marcar presença na Web Summit para apresentar a sua solução.
A BIOS é uma jovem start-up nacional que está a desenvolver um conceito que alia os sistemas de gestão de energia de edifícios com a agricultura em ambiente controlado como uma tecnologia de baixo carbono. Tem como finalidade promover o cultivo de plantas, utilizando fluxos de energia desperdiçados, que reduzam a pegada de CO2. Como explicou a BIOS em comunicado, o conceito que adoptou traduz-se numa tecnologia de utilização e sequestração de dióxido de carbono que no futuro irá, inclusive, permitir a existência de edifícios de produção negativa de carbono.
Este conceito está a ser financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, e a validação científica está a ser realizada em parceria com o Instituto Superior Técnico, instituição onde Michael Parkes, fundador da BIOS, está a fazer o doutoramento em sistemas sustentáveis de energia. “Estamos na fase ideal do projeto para começar a colher frutos de todo o trabalho realizado – nomeadamente junto de mais parceiros, devido às potencialidades deste novo conceito e tecnologia – e a Web Summit vai ser o local ideal para isso”, revelou.
O local escolhido para a implementação do primeiro teste piloto, ainda em fase de preparação, é o novo campus da Universidade Nova de Lisboa, em Carcavelos, frisou o responsável da start-up. O projeto irá permitir diminuir a pegada de carbono do novo campus, aumentar a sua eficiência energética, contribuir para a sua responsabilidade social e sustentabilidade ambiental. Ainda como resultado do projeto, espera-se a criação de 100 a 200 saladas por dia compostas por vegetais de folhas verdes (como alface, rúcula ou espinafres).
Michael Parkes acrescentou ainda que a BIOS faz parte do programa de aceleração de start-ups Maze-x, o que “tem permitido o sucesso de crescimento da nossa equipa, mas não queremos ficar por aqui”.
O fundador do projeto salientou também que “é importante referir que o nosso plano de trabalho passa, também, por compreender o impacto ambiental e social deste modelo de serviço”.