Alemã Avextra investe até 15 milhões de euros para I&D de canábis medicinal em Portugal

A empresa alemã estabeleceu uma parceria com o Instituto Universitário de Ciências da Saúde – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário para investigação de medicamentos à base de canábis. O investimento será suportado pela Iberis Capital.
A Avextra, empresa alemã do setor da canábis medicinal, estabeleceu uma parceria de cinco anos com o Instituto Universitário de Ciências da Saúde -Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (IUCS-CESPU) para Investigação & Desenvolvimento (I&D) de medicamentos à base de canábis.
Este acordo será alavancado num investimento da Avextra, de até 15 milhões de euros, ao longo de cinco anos, substancialmente suportado pela Iberis Capital, private equity portuguesa e maior acionista individual da empresa. O investimento pode ainda aumentar em função dos resultados da investigação.
“A Avextra e o IUCS-CESPU, através da sua unidade de investigação 1H- TOXRUN, vão coordenar e gerir as atividades de I&D em diversas áreas como ensaios clínicos, desenvolvimento de dispositivos médicos, metodologias de extração e outras iniciativas inovadoras, e fornecer apoio científico significativo. Esta parceria estratégica permitirá a evolução da Aliança da Avextra para Medicina à Base de Evidências com canábis para um novo patamar de excelência científica”, segundo comunicado divulgado esta quarta-feira.
Como parte do acordo, a Avextra apoiará e participará ativamente na supervisão de alunos de mestrado e de doutoramento em Ciências Biomédicas e Toxicologia no IUCS-CESPU, promovendo investigação farmacêutica de ponta com medicamentos à base de canábis e psilocibina.
Para Bernhard Babel, CEO da Avextra, “a parceria com o IUCS-CESPU permite que a Aliança da Avextra para Medicina à Base de Evidências com canábis entre numa nova fase. Através do nosso compromisso com a investigação farmacêutica de ponta em medicamentos à base de canábis, responderemos às necessidades não atendidas pelos pacientes da União Europeia com medicamentos inovadores, dotados de aprovação das autoridades”.
Já o professor doutor Ricardo Dinis-Oliveira, do IUCS-CESPU, refere que “queremos apostar no potencial terapêutico da planta da canábis e da psilocibina, aliando a capacidade dos profissionais da Unidade de Investigação dedicada ao estudo da Toxicologia 1H-TOXRUN, o poder do conhecimento do meio académico do Instituto Universitário de Ciências da Saúde e o rigor e inovação na Investigação e Desenvolvimento da Avextra Pharma”.