Accenture mostra tendências globais que vão moldar os negócios em 2023

O relatório Accenture Life Trends 2023 identificou cinco macro tendências globais do comportamento humano que vão interferir nos negócios.
A tecnologia e o comportamento de consumo vão moldar os negócios este ano de acordo com um estudo internacional da Accenture revelado recentemente. Aliás, o Accenture Life Trends 2023 mostra cinco tendências globais que, de alguma forma – e num ano em que as pessoas procuram maneiras de se adaptarem a um mundo incerto -, vão interferir na forma como se farão negócios ao longo de 2023, assim como influenciar a cultura e a sociedade. Na base da identificação destas tendências estão os insights recolhidos junto de uma rede de designers, criativos, tecnólogos e sociólogos.
Mark Curtis, coordenador do estudo da Accenture, frisou que “as dinâmicas de poder geradas pelas novas tecnologias trarão oportunidades para que as empresas desenvolvam maneiras novas e modernas de construir relacionamentos com os clientes”.
Sobreviver
O mundo parece viver numa crise permanente e por isso adaptação parece ser a palavra de ordem. Pandemia, guerra, escassez de produtos, inflação, desemprego. A humanidade está se acostumando a ter que enfrentar uma crise depois da outra, sem pausa para respirar. As reações dos consumidores às calamidades (lutar, fugir, focar ou congelar) transformam a maneira como veem empresas, produtos e empregadores – e as empresas precisam estar prontas para isso.
Acreditar
No meio de tantas incertezas, o ser humano procurará locais onde sinta que pertence. Como resultado, as novas gerações de marcas serão construídas como comunidades, o que irá transformar a lealdade e a fidelização das marcas. As empresas podem recorrer às tecnologias emergentes para criar três tipos de formatos para alcançar a fidelidade: comunidades de pertença em plataformas como Reddit, Discord ou Twitch; Token-gating com acesso exclusivo, reservado apenas para “detentores de token”; colecionáveis como artes digitais, autógrafos, cartões colecionáveis, entre outros.
As it was
O regresso aos escritórios não foi um sucesso para muitos e é uma área que ainda precisa de ser trabalhada. Ainda não existe um consenso sobre o que funciona melhor: modelo presencial, remoto ou híbrido. Mas, com a passagem do tempo, fica cada vez mais claro o que se perdeu durante o período em que os escritórios ficaram vazios. Os funcionários perderam a orientação e a mentoria dos mais experientes e as empresas ainda estão a contabilizar os danos, mas precisam de estar atentas para os riscos da menor ligação pessoal. As companhias podem perder a cultura, a inclusão e a capacidade de gerar inovação e devem reformular os modelos de trabalho.
Criatividade
As novas ferramentas de inteligência artificial (IA) estão a chegar aos utilizadores comuns a uma velocidade surpreendente e a serem usadas para impulsionar a criatividade. Para as empresas, ficará mais difícil encontrar espaço num mercado dominado por estas novas ferramentas e, por isso, precisarão de descobrir que conteúdos podem oferecer e, ao mesmo tempo, usar a IA como parceira para inovar.
Assinado, fechado, entregue
Com o advento da Web3 e do blockchain, a discussão sobre privacidade e o uso indevido de dados pessoais ganhou ainda mais espaço. Muitos utilizadores voltaram-se contra as redes que não garantem a segurança das suas informações pessoais. Mas o controle dos seus dados poderá voltar em breve, com o uso das carteiras digitais tokenizadas (que vão incluir diferentes métodos de pagamento, identidade digital, cartões de fidelidade e muito mais). Na posse das digital wallets, os consumidores poderão decidir quantos dados irão compartilhar. Já as empresas podem tirar melhor proveito dos dados disponibilizados pelo consumidor, mais importantes do que as informações obtidas através de cookies.