7 em cada 10 portugueses prefere um modelo de trabalho híbrido ou remoto

Conjugar dias de trabalho no escritório e em casa continua a estar no topo de preferências dos portugueses. A conclusão é de um estudo do BCG.

Sete em cada 10 portugueses querem um modelo de trabalho híbrido ou remoto. Isto é,71% dos inquiridos numa pesquisa da consultora Boston Consulting Group (BCG) afirmou preferir trabalhar de forma híbrida, ou seja, dividir a semana entre escritório e a casa, ou remota. Destes, apenas 24% elege o trabalho 100% à distância como opção preferencial. Por sua vez, apenas 29% dos trabalhadores portugueses que participaram nesta pesquisa preferiu trabalhar sempre presencialmente.

Destaque ainda para o elevado contraste geracional quando se trata de escolher o modelo de trabalho presencial. Apenas 17% dos portugueses com menos de 34 anos escolhe este formato, comparativamente a 44% dos inquiridos com mais de 55 anos.

Esta pesquisa teve a participação de mil portugueses (em todo o território continental) e foi realizada entre 15 e 25 de setembro de 2023.

A conciliação entre trabalho e vida pessoal (apontado por 38% dos portugueses), a redução de custos (34%), a melhoria da saúde e bem-estar (29%) e a diminuição do tempo de transporte casa/trabalho (29%) são algumas das razões apontadas por quem prefere os modelos híbrido e remoto. Menos relevantes para os portugueses são as questões relacionadas com a construção de relações com colegas (13%), a aprendizagem e desenvolvimento (10%) e a sustentabilidade (10%).

Já quanto aos atributos que os trabalhadores nacionais valorizam mais no trabalho destaque para a autonomia e responsabilidade, selecionados por 26%, seguindo-se o ambiente de trabalho saudável e colaborativo (24%) e ainda o balanço entre a vida pessoal e profissional (24%). Com menor relevância e impacto surgem a flexibilidade de local de trabalho (11%), o propósito e significado (9%), e outros benefícios como combustível, carro e ginásio (6%), por exemplo.

Manuel Luiz, Managing Director & Partner da BCG, explica que “estes dados demonstram que há um desfasamento entre a realidade das organizações e o desejo dos seus colaboradores, reforçando a necessidade de as empresas ouvirem as suas equipas e procurar as melhores estratégias para equilibrar as necessidades internas com as individuais”.

Este profissional realça ainda a existência de uma “lacuna entre gerações, com os colaboradores mais experientes a preferirem mais o trabalho presencial em relação aos mais jovens, o que obriga as organizações portuguesas a pensar em estratégias e respostas personalizadas e adaptadas às diferentes faixas etárias”.

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