Start-up cria programa de benefícios ligados à fertilidade para empresas no Brasil

Chama-se Fertably e foi lançada no ano passado pela polaca Aleksandra Jarocka e pelo brasileiro Marcelo Nahoum, que decidiram ajudar as empresas a oferecer acesso a tratamentos de fertilidade como benefício para os seus colaboradores.

Aleksandra Jarocka trabalhou na Deel, uma plataforma de contratação global, onde negociava planos de saúde para empresas na América Latina. Depois de se casar com um brasileiro e de ir viver para o Brasil, começou a frequentar eventos de recursos humanos e a contactar com executivas que mostravam o seu descontentamento com os seus planos de saúde corporativos. Foi a partir daí que a polaca teve a ideia de lançar um novo programa de benefícios para as empresas oferecerem aos colaboradores.

Juntou-se a Marcelo Nahoum e, em junho de 2022, fundou a Fertably, uma start-up de benefícios corporativos ligados à fertilidade. “Explorando este mercado no Brasil, vi que existe a tecnologia e uma procura muito grande por este tipo de serviços”, conta, citada pela Forbes.

A Fertably conta atualmente com 6 mil utilizadores na plataforma, funcionários de empresas de tecnologia (60%) e do mercado financeiro (40%), e com a parceria de sete clínicas. E pretende chegar aos 20 mil utilizadores até junho deste ano e três milhões nos próximos cinco anos.

“O que torna a Fertably especial é a rede de clínicas que oferecem os tratamentos com preços de 15 a 40% mais baixos do que a média do mercado”, frisa, referindo que “as empresas que querem aumentar o número de mulheres nos cargos de liderança têm de pensar em como podem ajudar as mulheres a engravidar, quando e se elas quiserem”, ressalva.

Menos de um ano depois do seu lançamento, a Fertably acaba de receber investimento, cujo valor ainda não foi divulgado, para expandir a sua atuação.

Apesar de este ser ainda um mercado incipiente no Brasil, Jarocka acredita que as novas regras do Programa de Alimentação do Trabalhador no Brasil, que passam a vigorar este ano, também vão ajudar a impulsionar a Fertably. As empresas que oferecerem aos seus funcionários benefícios de saúde, cultura e desporto, por exemplo, terão, ao abrigo deste programa, incentivos fiscais.

Não é a primeira vez que Jarocka se aventura no mundo dos empreendedorismo.  Aos 17 anos, durante a faculdade de direito, fundou uma ONG na Polónia com iniciativas dirigidas a jovens mulheres. Mais tarde, fundou a Alleverse, uma empresa de formação de igualdade de género e de promoção de uma cultura inclusiva no mundo corporativo, que a colocou na lista da Forbes Under 25 Polónia.

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