Opinião

Spaiseshare, a plataforma de beleza e bem-estar que ambiciona internacionalizar-se

Neia Augusto, fundadora da Spaiseshare

Criada há cerca de dois meses, a plataforma Spaiseshare já tem uma rede de 20 salões e de cerca de 40 em processo de inscrição. Beleza e bem-estar são as áreas de atuação desta start-up que ambiciona internacionalizar o negócio, revelou a sua fundadora Neia Augusto em entrevista ao Link To Leaders.

Spaiseshare chegou ao mercado há pouco tempo e quer facilitar a ligação entre proprietários de estabelecimentos de beleza e bem-estar, com profissionais independentes que não têm um local onde possam exercer as suas atividades. Assim, à semelhança de um mercado virtual, a plataforma digital criada por Neia Augusto faz a ponte entre quem têm espaços disponíveis e profissionais de beleza –  cabeleireiros, estética, massagem, yoga ou ginástica, entre outro – numa relação win/win.

Nesta fase, a Spaiseshare está a consolidar o número de inscrições na plataforma, mas, sendo uma start-up na área digital, um dos projetos para o futuro passa pela internacionalização do negócio,

Como e quando surgiu a ideia de criar a Spaiseshare?
A ideia surgiu durante o primeiro confinamento em 2020, quando percebi que este setor estava a ser muito afetado. Como esteve fechado durante vários meses, isso resultou em muitos despedimentos e até ao encerramento de vários estabelecimentos. Por isso, decidi criar a Spaiseshare para ajudar a dinamizar o setor da beleza e bem-estar, facilitado a ligação entre proprietários de estabelecimentos com profissionais independentes que não têm um espaço físico onde possam exercer as suas atividades.

Qual a missão?
A nossa missão é ajudar a dinamizar a conexão entre estabelecimentos de beleza e bem-estar e profissionais independentes. Quer seja um freelancer da indústria ou um proprietário à procura de rentabilizar um espaço livre nas suas instalações, a Spaiseshare nasceu para tornar todo o processo mais simples.

A quem se destina a Spaiseshare?
A profissionais do ramo da beleza e bem-estar, que são os proprietários de estabelecimentos como cabeleireiros, gabinetes de estética, barbearias, Spas…etc., e profissionais independentes que não tenham um espaço físico para trabalhar.

Como chegam aos profissionais independentes?
Quase da mesma forma como chegamos aos proprietários de estabelecimentos, ou seja, através das nossas plataformas digitais e de publicidade. Além disso, também fazemos um levantamento de potenciais parceiros – sejam estabelecimentos ou profissionais – e tentamos entrar em contato diretamente, de forma a darmos a conhecer a Spaiseshare e apresentarmos as vantagens de estarem inscritos na plataforma.

“Para os proprietários é uma forma de rentabilizarem espaços que não estão a ser utilizados, conseguindo assim obter uma fonte de rendimento extra”.

Quais as vantagens para os proprietários de estabelecimentos que recorrem à vossa plataforma?
As vantagens são várias. Para os proprietários é uma forma de rentabilizarem espaços que não estão a ser utilizados, conseguindo assim obter uma fonte de rendimento extra. Caso não tenham possibilidade de contratar profissionais, é uma forma de conseguirem reforçar a equipa. Além disso, também é uma forma de captarem novos clientes, uma vez que muitos profissionais independentes já têm a sua própria carteira de clientes.

Entre as categorias que disponibilizam qual a mais requisitada?
As mais requisitadas são cabelo, unhas e spa.

Quantos salões têm disponíveis na plataforma e quantos profissionais independentes?
Atualmente, contamos com 20 salões disponíveis e cerca de 40 em processo de inscrição para aderir à nossa plataforma. Profissionais independentes ainda não temos um número considerável, mas estamos a trabalhar na inovação dos processos de aluguer, de forma a conseguirmos captar mais. No entanto, estamos em contato com cerca de 30 profissionais que demonstram um grande interesse em aderir à Spaiseshare.

O que é preciso para aderir à Spaiseshare?
Para aderir à Spaiseshare, é preciso ser proprietário de um ou vários estabelecimentos, ou ser trabalhador independente. O processo de inscrição na plataforma só fica concluído depois de confirmamos a veracidade dos requisitos.

Quais os desafios que encontraram pela frente para lançar a start-up?
Os desafios têm sido vários, desde logo a nível de recursos humanos. Atualmente sou apenas eu que estou dedicada a full time à plataforma. Tenho apoio de mais duas pessoas, mas não estão dedicadas a 100% ao projeto. Outro desafio foi conseguir angariar estabelecimentos, numa primeira fase, uma vez que o projeto é novo e não era conhecido no mercado, e como tal existiu alguma resistência dos proprietários em aderirem à plataforma.

Como vê a start-up dentro de um ano?
Dentro de um ano vejo a Spaiseshare com mais pessoas dedicadas ao projeto. Enquanto plataforma, vejo um serviço melhorado e mais inovador, pronto para cumprir a sua missão.

“(…) um dos projetos para o futuro passa pela internacionalização do negócio”.

Projetos para o futuro da Spaiseshare?
São muitos… Mas como estamos a começar, neste momento o nosso objetivo é trabalhar para melhorar e fazer crescer o nosso serviço. Mas tendo uma start-up na área digital, um dos projetos para o futuro passa pela internacionalização do negócio.

É fácil ser-se empreendedor em Portugal?
Acho que não é fácil ser empreender em Portugal, nem em parte nenhuma do mundo. Na verdade, cada país tem as suas particularidades e os seus desafios.

Respostas rápidas:
O maior risco:
Investir na implementação da Spaiseshare.
O maior erro: 
Já cometi alguns, mas vejo todos como uma aprendizagem.
A maior lição: 
A execução chega a ser mais importante que a ideia.
A maior conquista: 
Lançar o meu primeiro negócio – a Spaiseshare.

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